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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

FELIZ ANO NOVO




Para os bons momentos, gratidão. Para os maus, esperança. Para cada dia, uma ilusão. E sempre, sempre, felicidade. É o que te desejo neste ano novo!

Novo ano



… e mais um ano se foi, tá indo, só falta um dia… para começar…  mais um … novo…
mais um ano da minha vida, mais um ano da minha caminhada, mais um ano que se me encara cheio de oportunidades, expectativas, miras, mas que, e também, mais um ano que se me depara cheio de indeterminações… ambiguidades, hesitações, interrogações, vacilações….
meu costume neste trânsito, pensar tantas vezes e quando estou sozinha … como se fosse a primeira vez…  com tanta paixão… nas horas que passam por mim … sempre perto dos derradeiros dias , não antes, daquele  período que está a findar  … imaginar… iludir … que vou ser feliz no ano que está prestes a brotar,  sonhar com uma nova oportunidade de metamorfose, a transmutação daquilo que nunca até à data completei ou tive forças para obrar, mudanças de algo que, conjecturo, imagino , com  o trânsito de um ano para o outro vou alcançar…. afianço  a mim mesma… vou neste ano que começa … reformar, vou fazer aquilo e o outro que até agora não fiz e sempre aprazei, vou preocupar-me mais comigo,  vou fazer tal e tal que não tive coragem ou disposição de fazer até agora, e vou… vou.. vou… mudar (…)
e  a noite vem e tocam as badaladas, dá a meia noite, e no segundo seguinte começa um novo ano,  na minha vida, grito, bebo, brindo,  canto, danço até à exaustão, e todos os mais “os” que possam existir,  e…. no dia seguinte, quando amanhece, o mais provável é nem sequer chegar a ver o amanhecer do dia em que tudo deveria começar a mudar… estarei, provavelmente, atordoada  num sono profundo, reabilitador, da noite que passou e que começou à poucos momentos pois tentei utilizar a noite até ao limite das minhas forças… no sonho que vivo…
e quando acordo… no novo ano,  tudo está igual, as pessoas que me rodeiam  estão iguais, reagem iguais, a casa está igual, as sombras continuam a lá estar, a carregar… carregar…não desapareceram com a entrada do novo ano, as feridas continuam doendo…nada mudou… a esperança sentida dias atrás vai-se desvanecendo… segundo a segundo… a alma continua vazia e os olhos,  meus olhos, continuam cheios  de desprazer… vou fazendo tudo aquilo que não queria, não quero , e pouco a pouco vou -me rendendo,  afinal nada mudou….  apenas ficou a minha palavra … de mudança … mentindo a mim mesma, logo quando eu mais precisava mudar… mudar por dentro, logo nesse momento , nesse instante de princípio do ano…  já não vivo … por mim … e a falta de amor… pela minha pessoa,  que  desprezou  todas as promessas feitas num final de ano cheio de esperanças, momentos atrás, pinta o meu coração de dor, numa dor  que mata por dentro, marca de sofrimento… com um nó no coração
….e assim é o meu viver .. todos os fins de ano e começos do novo …não sei porquê mas comigo é sempre assim…

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BANANA PODE REDUZIR DEPRESSÃO, REVELA ESTUDO FILIPINO



Fruta também reduz risco de ataques cardíacos e reforça a massa muscular"

MANILA - Comer duas ou três bananas por dia é um excelente remédio para superar a depressão, segundo um estudo elaborado nas Filipinas, que destaca o alto conteúdo do trytophan, um antidepressivo natural, na fruta. A conclusão é do Instituto de Pesquisa de Alimento e Nutrição (FNRI). 

A pesquisa publicada nesta segunda-feira, 25, assegura que os níveis de trytophan nas bananas mantêm os níveis de serotonina no cérebro e melhoram o humor das pessoas. 

O FNRI recomenda a ingestão de duas ou três bananas por dia, equivalentes a entre 20 e 30 gramas de carboidratos e a entre 80 e 120 quilocalorias. 

Os pesquisadores filipinos observaram outras virtudes da banana para a saúde, como os altos níveis de vitamina A, C, K e B6.  

A B6, especificamente, é essencial na dieta e sua ausência pode provocar insônia, fraqueza e irritabilidade. Os cientistas destacam que a vitamina regula o nível de glicose no sangue, o que também repercute no estado de ânimo das pessoas. 

O instituto acrescenta que a banana não produz colesterol nem causa obesidade, reduz o risco de ataques cardíacos e contribui para reforçar a massa muscular e a energia, especialmente nas crianças.

 

Causas emocionais das doenças



DOENÇA - se há doença é porque algum aspecto da vida não está fluindo adequadamente. Ela é manifestação de conflitos interiores.
Antes da somatização surgem manifestações emocionais como angústia, depressão, medo etc.
Assim como criamos as doenças, podemos destruí-las. A cura é uma combinação do tratamento físico com o reposicionamento interior.
Encontre o seu problema na lista abaixo e tente se libertar do conflito interior que o está ocasionado, tenha consciência dele e lure contra ele.

 SISTEMA CIRCULATÓRIO
 Coração - entusiasmo e motivação pessoal.

Problemas cardíacos em geral - desânimo e desmotivação.
Angina - firmeza aparente, que esconde amarguras e
sofrimentos. Dos falsos valores, perda da motivação e entusiasmo pela vida.
Infarto - desmoronamento
Taquicardia - entusiasmo reprimido.

PRESSÃO ARTERIAL - fuga dos conflitos que envolvem a afetividade.
Sangue - expressão da individualidade, fiel representante da alma, que dávida ao corpo.

Pressão Alta - fuga através da preocupação ou
dedicação excessiva aos afazeres.
Pressão Baixa - fuga pelo esquecimento, desejo de
abandonar tudo.
Anemia - falta de ânimo e vitalidade.
Coagulação sanguínea - (in)capacidade de se refazer
mediante as perdas.
Hemorragia - desrespeito ao ritmo interno, ultrapassando os próprios limites e perdendo-se no que faz.
Leucemia - ressentimento por não conseguir manter a
integridade na vida.

Tipos Sanguíneos:
A - pessoas conservadoras, detalhistas, harmoniosas, prestativas, sem pretensõesde liderança.
AB - pessoas colaboradoras, cumpridoras de compromissos,
prestativas.
B - pessoas com autoconhecimento, que sabem o que querem, mas com dificuldades para lidar com os outros.
O - pessoas comunicativas, com capacidade de liderança,
convincentes,determinadas, expressivas
Vasos Sanguíneos - senso de direção e limites.
Aneurisma - negação da própria fragilidade e
limitações, abraçandocausas externas. Alta responsabilidade para se manter no poder e controle dasituação.
Arteriosclerose - resistência ao novo.
Flebite - intransigência e irritação diante de obstáculos.
Trombose - pessimismo e limitação na vida.
Varizes - estagnação numa situação desagradável,
frustração por não realizar idéias e objetivos. Fazer de tudo, menos o necessário.

SISTEMA DIGESTIVO
Afta - autopunição por sentir-se despreparado e negar a própria capacidade.
Dentes- decisão, vitalidade e força agressiva.
Canal - índole, senso moral e familiar.
Cáries - indecisão, perda da solidez interior.
Diabetes - depressão, falta de docilidade, pessimismo.
Hipoclicemia - ansiedade, resgate do tempo perdido.
Digestão - elaboração e aceitação dos acontecimentos.
Esôfago - realismo.
Esofagite - constante irritação.
Hérnia de hiato - sentimento de culpa.
Estômago - processador das emoções básicas.
Estomatite - sentimento de invasão e incapacidade de
sustentar o próprio ponto de vista.
Faringe - aceitação dos fatos triviais.
Faringite - irritação por não saber lidar com
episódios desagradáveis.
Fígado - órgão da mudança, força agressiva.
Cirrose - autodestruição.
Hepatite - resistência ao novo, gerando bloqueios.
Glândulas Salivares - sentimento de segurança.
Caxumba - sentimento de impotência.
Síndrome de Sjogren (SS) - revolta e indisposição
em absorver os episódios da vida.
Hemorroídas - apego às mágoas do passado.
Intestino Delgado - absorção e aproveitamento das
experiências de vida. Capacidade de entendimento.
Diarréia - súbito desapego, sem elaborar a
experiência.
Intestino Grosso - expressão dos mais profundos
sentimentos . Doação egenerosidade.
Intestino preso - recusa na exteriorização dos
sentimentos.
Prisão de ventre - meticulosidade, atrapalhar-se
com detalhes, contenção da espontaneidade.
Língua - prazer e articulação da expressão.
Mau Hálito - desejo inconsciente de distanciar as
pessoas.
Maxilar - dosagem da força agressiva
Gengiva - firmeza nas decisões.
Gengivite - frustração por não conseguir sustentar
decisões.
Náusea e Vômito - resistência e recusa a situações.
Pâncreas - abrir-se para a vida e as pessoas,
extraindo o melhor da situação. Alegria e descontração em viver.
Depressão no Pâncreas - quadro psicológico que
acompanha as principais doenças pancreáticas.
Pancreatite - amargura, frustração e raiva.
Suco Gástrico - resposta mental às situações da vida.
Gastrite - atividade mental proporcionalmente
maior que os fatos.
Úlcera - não se permite falhar nem compartilha os
problemas.Agressividade sufocada.
Vesícula Biliar - sentir-se em condições de
enfrentar os grandes obstáculos da vida.

SISTEMA REPRODUTOR
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

Frigidez - bloqueios que impedem a entrega no ato
sexual.
Mamas - feminilidade e afetividade, capacidade de
entrega e doação.
Amamentação - capacidade de doação.
Coceira - insatisfação com a dedicação ou a
forma como é tratada pelos outros.
Flacidez - falta de sustentação interior, perda da autoconfiança.
Mastite - conflitos durante a dedicação.
Nódulos - bloqueios afetivos.
Menstruação - renovação, desprendimento e
aceitação da feminilidade.
Amenorréia - regressão na maturidade feminina,
apego a situações ou pessoas que foram marcantes.
Menopausa - maturidade emocional.
Outros problemas - rejeição da própria feminilidade, dificuldade em lidar com mudanças.
Ovários - criatividade feminina
Cistos - criatividade sufocada, culpa pelas
idéias que deram errado.
Ovário policístico - confusão mental, dificuldade em expor idéias.
Tubas Uterinas - elaboração das idéias, forma como
se expressa a criatividade.
Infertilidade/esterilidade - sentir-se incapaz de
sustentar uma situação (igual para os homens)
Laqueadura - influência negativa na elaboração
das idéias.
Útero - natureza feminina, originalidade e espontaneidade.
Miomas e Fibromas - deixar-se moldar pelo
externo, não preservarsua natureza íntima.
Coceira - expectativas frustradas em relação ao
prazer ou ao parceiro.
Corrimento - profundos ferimentos afetivos ou
sexuais.
Ressecamento - despreparo para o prazer.
Vaginismo - falta de soltura e entrega ao prazer.

SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
Disfunção erétil - autodepreciação, inferioridade e
fracasso navida.
Próstata - caráter masculino.
Testículos - criatividade masculina.

SISTEMA RESPIRATÓRIO
Brônquios - relação entre os mundos interno e externo, interação harmoniosa com o ambiente.
Asma brônquica - sentimento de inferioridade
disfarçado pelo desejo de poder e controle do ambiente.
Bronquite - dificuldade de relacionar-se com o ambiente. Incapacidade de expressar sentimento de agressão. Necessidade de chamar atenção, isolar-se ou fazer chantagem.
Fossas Nasais - primeiro contato entre o externo e o
interno, habilidade para lidar com os palpites e sugestões dos outros.
Gripe ou resfriado - confusão interior, despreparo
para lidar com mudanças, falta de confiança no novo.
Rinite - abalar-se pelas confusões do ambiente, não
se permitir errar, adotar comportamento exemplar.
Sinusite - profunda irritação com alguém bem próximo, decepção provocada pelas expectativas.

FENÔMENOS RESPIRATÓRIOS
Bocejo - mobilização orgânica para refazer-se do
desgaste físico ou da perda energética, desprendimento da negatividade agregada.
Espirro - impulso de defesa contra idéias ou energias
negativas.
Ronco - teimosia, rigidez de idéias.
Soluço - ansiedade e medo do desfecho de uma
situação.
Tosse - regressão dos impulsos agressivos e desejo
de atacar.
Laringe - seleção e discernimento entre idéias e fatos.
Calos nas Cordas Vocais - revolta e aspereza na forma de falar.
Disfunções da Fala - contenção dos impulsos.
Engasgo - ser surpreendido por coisas que vêm
atravessadas.
Gagueira - incapacidade de falar por si, tolher-se
na expressão.
Laringite - irritação por não conseguir manter sua
força de expressão, frustração por não falar o que pensa.
Pulmões - órgãos de contato e relacionamento com a
vida e o ambiente.
Edema - apego emocional seguido de desmotivação e
perda da vontade de viver.
Enfisema - medo e negação da vida, dificuldade em
encarar os obstáculos.
neumonia - cansaço da vida, irritação por se doar
muito aos outros sem retorno.
Tuberculose - crueldade e desejo de vingança
sufocado.

SISTEMA URINÁRIO
Cistite - irritação com o parceiro ou com as intrigas no
lar, traumas sexuais ou culpa pelas atitudes incorretas de alguém querido.
Enurese noturna - emoções reprimidas, tensões e
medos liberados durante o sono.
Incontinência Urinária - medo de perder o controle
emocional em situações afetivas.
Uretrite - sentir-se irritado e chateado com as situações ao redor.
Outros Problemas na Bexiga - apego a situações do
passado, frustração evitimismo.
Rins - correspondem ao âmbito da parceria: capacidade
de amar e de se relacionar.
Cálculos renais - apego às complicações afetivas.
Cultivar mágoas e cultivar excessivamente os entes queridos.
Cólica renal - apego a quem ama, não admitir nenhum
tipo de ruptura no relacionamento.
Outros Problemas Renais - dificuldades nos
relacionamentos.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL


DESEJO DO FUNDO DO MEU CORAÇÃO UM NATAL ESPECIAL PARA TODOS OS MEUS SEGUIDORES E PARA TODOS OS VISISANTES DESTE MEU BLOG.

AFINAL NO NATAL COMEMORA-SE O NASCIMENTO DE JESUS, AQUELE QUE FOI UMA DAS ALMAS MAIS BONITAS E ESPECIAIS QUE PISOU O NOSSO PLANETA TERRA, SEM SEGUIR QUALQUER RELIGIÃO NEM A IMPOR, MOSTROU-NOS QUE O CAMINHO É A PAZ, HARMONIA ENTRE TODOS, O AMOR INCONDIOCIONAL A TODOS OS SERES VIVOS, O RESPEITO, E ACIMA DE TUDO, AJUDARMO-NOS UNS AOS OUTROS SEM QUALQUER DISCRIMINAÇÃO  PARA ALCANÇARMOS A TÃO DESEJADA E PROCURADA FELICIDADE.

BEM HAJAM E PROCUREM SER FELIZES COMO ELE DITOU

DEIXO AQUI A MINHA GRATIDÃO POR VIVER NUM PLANETA QUE FOI ABENÇOADO POR UM SER ASSIM.

FELIZ NATAL A TODOS

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Quando alguém que amamos tem um distúrbio mental



PARECIA ser uma manhã como outra qualquer para a família. Os quatro membros da família estavam prontos para as atividades do dia. Gail lembrava o filho, Matt, de 14 anos, que ele estava atrasado para pegar o ônibus escolar. O que aconteceu em seguida foi completamente inesperado. Em meia hora, Matt pichou uma parede do quarto, quase incendiou a garagem e tentou se enforcar no sótão.
Desesperados, Gail e seu marido Frank seguiram a ambulância que levava Matt, tentando entender o que acabara de acontecer. Infelizmente, porém, era só o começo. Seguiram-se muitos surtos psicóticos, mergulhando Matt no mundo obscuro da doença mental. Foram cinco anos de angústia com várias tentativas de suicídio, duas prisões, internações em sete clínicas psiquiátricas e inúmeras consultas com especialistas em saúde mental. Amigos e parentes muitas vezes ficavam perdidos, sem saber o que dizer ou fazer.
Segundo estimativas, 1 em cada 4 pessoas no mundo serão afligidas por uma doença mental em algum momento de sua vida. Considerando essa surpreendente estatística, é provável que você tenha pai ou mãe, filho, irmão ou amigo que sofra de algum distúrbio cerebral. O que fazer se alguém que você ama apresenta esse quadro?
Reconheça os sintomas. Um distúrbio mental talvez não seja diagnosticado imediatamente. Amigos e familiares podem achar que os sintomas são provocados por mudanças hormonais, doenças físicas, fraqueza de personalidade ou circunstâncias difíceis. A mãe de Matt vinha percebendo há algum tempo que algo estava errado com Matt, mas ela e o marido acharam que sua instabilidade emocional era uma fase da adolescência e que logo passaria. No entanto, mudanças significativas no sono, na alimentação ou no comportamento podem indicar algo mais sério. Procurar um especialista pode ser de ajuda para conseguir um tratamento eficaz e melhorar a qualidade de vida de quem passa por isso.
Informe-se. Pessoas com distúrbios mentais geralmente têm pouca capacidade de entender sua própria condição. Por isso, a informação que você conseguir de fontes atuais e confiáveis poderá ajudá-lo a compreender o que a pessoa está passando. Poderá também ajudá-lo a saber conversar com outros abertamente e com conhecimento de causa. Gail, por exemplo, deu aos avós de Matt alguns impressos médicos sobre a doença para que ficassem mais informados e soubessem como cooperar em vista do problema.
Procure um tratamento. Apesar de alguns distúrbios mentais serem de natureza persistente, com tratamento adequado os portadores dessas doenças podem ter uma vida estável e produtiva. Infelizmente, muitos definham por anos sem conseguir ajuda. Assim como um problema sério de coração requer um especialista, doenças mentais necessitam da atenção de pessoas que saibam como tratar esses distúrbios. Psiquiatras, por exemplo, podem prescrever medicamentos que, quando usados corretamente, podem ajudar a controlar o humor, aliviam a ansiedade e corrigem padrões de raciocínio distorcidos.
Incentive o paciente a buscar ajuda. Pessoas com distúrbios mentais nem sempre se dão conta de que precisam de ajuda. Você talvez possa sugerir que o paciente procure um especialista, leia alguns artigos sobre o problema ou converse com alguém que tenha conseguido lidar com um distúrbio similar. Pode acontecer de a pessoa não ser receptiva aos seus conselhos. Mas não deixe de fazer tudo ao seu alcance para ajudar alguém que está sob seus cuidados e corre o risco de prejudicar a si mesmo e a outros.
Evite lançar a culpa em alguém. Os cientistas ainda não conseguiram chegar a uma conclusão quanto à interação complexa de fatores genéticos, ambientais e sociais que contribuem para o funcionamento anormal do cérebro. A combinação de fatores que pode provocar um distúrbio mental, inclui lesão cerebral, abuso de substâncias, ambientes estressantes, desequilíbrios bioquímicos e predisposição genética. Não adianta acusar o paciente de coisas que você acha que ele fez e que possam ter levado à doença. É melhor canalizar suas energias para dar apoio e encorajamento.
Tenha expectativas realistas. Exigir demais do doente pode ser desanimador. Por outro lado, enfatizar demais as limitações dele pode fazê-lo sentir-se derrotado. Por isso, procure ser realista nas suas expectativas. Logicamente, não se devem tolerar atitudes erradas. Assim como acontece com outras pessoas, os que têm um distúrbio mental também podem aprender com as conseqüências de seus atos. Caso haja comportamento violento, talvez seja necessário recorrer à lei ou impor certas restrições a fim de proteger a própria pessoa e outros.
Mantenha-se achegado. A comunicação é vital, mesmo que às vezes lhe pareça que seus comentários são mal-interpretados. As reações de alguém com distúrbio mental podem ser imprevisíveis e impróprias para aquela situação. Contudo, repreender a pessoa por suas palavras impensadas só vai acrescentar sentimento de culpa à depressão já existente. Quando tudo o que você diz parece não surtir efeito, fique quieto e escute. Respeite os sentimentos e pensamentos do doente, sem condená-lo. Esforce-se em manter a calma. Você e a pessoa amada se beneficiarão se você simplesmente mostrar que se importa com ela e o fizer de maneira constante. Foi assim no caso de Matt. Alguns anos mais tarde, ele expressou seu apreço dizendo: “[Essas pessoas] me ajudaram apesar de eu não querer ajuda.”
Leve em conta as necessidades dos outros membros da família. Quando a família se vê obrigada a concentrar sua atenção em alguém que está doente, os outros membros podem acabar sendo negligenciados. Por algum tempo, a irmã de Matt, Amy, sentiu-se “deixada de lado devido à doença dele”. Ela era modesta quanto às suas realizações, para não atrair a atenção a si mesma. Entretanto, parecia que seus pais exigiam cada vez mais dela, como que para compensar as deficiências do irmão. Alguns irmãos negligenciados dessa forma procuram chamar a atenção criando problemas. As famílias que enfrentam esse tipo de situação precisam de ajuda para lidar com isso. Por exemplo, quando a família Johnson ficou absorta nos problemas de Matt, os amigos da congregação local das Testemunhas de Jeová ajudaram Amy dando-lhe atenção extra.
Promova a boa saúde mental. Um programa abrangente para cultivar o bem-estar mental, entre outras coisas, deve dar ênfase à alimentação, exercícios, sono e atividades sociais. Atividades simples com pequenos grupos de amigos são geralmente menos constrangedoras. Também é bom lembrar que o álcool pode agravar os sintomas e interferir na ação dos medicamentos. A família Johnson procura seguir uma rotina de higiene mental que beneficia a todos, mas especialmente a seu filho.
Cuide-se. O estresse resultante de se cuidar de alguém que tem um distúrbio mental pode colocar em risco seu próprio bem-estar. Portanto, é essencial prestar atenção às suas necessidades físicas, emocionais e espirituais. A família Johnson é Testemunha de Jeová. Gail é da opinião que sua fé a ajudou bastante a lidar com os problemas familiares. “As reuniões cristãs aliviavam o nosso estresse”, ela diz, “um momento para se colocar de lado as preocupações imediatas e voltar a atenção para assuntos mais importantes e para a nossa derradeira esperança. Inúmeras vezes, eu orava desesperadamente por alívio e sempre acontecia alguma coisa para aliviar a dor. Com a ajuda de Jeová Deus, conseguia ter paz mental apesar de nossas circunstâncias”.
Matt, agora um adulto jovem, tem um novo conceito sobre a vida. “Sinto que sou uma pessoa melhor devido ao que já passei”, ele diz. Sua irmã, Amy, sente que também foi beneficiada por essa situação. Ela diz: “Tornei-me menos crítica de outros. Você nunca sabe o que realmente está por trás dos problemas de alguém. Apenas Jeová Deus sabe.”
Se uma pessoa amada tem um distúrbio mental, lembre-se sempre de que um ouvido atento, ajuda quando necessária e uma mente aberta podem ajudá-la a sobreviver — e até a ter uma boa qualidade de vida.
Homens conversando
Quando tudo o que você diz parece não surtir efeito, fique quieto e escute

  Alguns nomes foram mudados.
Devido ao estigma associado a “distúrbio mental”, alguns preferem o termo “distúrbio cerebral”, visto que sugere de imediato causas neurobiológicas.
Deve-se levar em conta os potenciais benefícios e os possíveis efeitos colaterais. Despertai! não endossa nenhum tratamento específico. Os cristãos devem certificar-se de que o tratamento escolhido não entre em conflito com princípios bíblicos.

Sintomas de distúrbios mentais

Se alguém apresentar alguns dos seguintes sintomas, talvez precise consultar um médico ou um especialista em saúde mental:
  • Tristeza ou irritabilidade prolongadas
  • Reclusão
  • Altos e baixos emocionais
  • Raiva excessiva
  • Comportamento violento
  • Abuso de substâncias
  • Temores, preocupações e ansiedades excessivos
  • Pavor de ganhar peso
  • Mudança significativa nos hábitos alimentares ou de sono
  • Pesadelos constantes
  • Confusão mental
  • Delírio ou alucinações
  • Fixação com a morte ou suicídio
  • Incapacidade de lidar com problemas e atividades diárias
  • Negação de problemas óbvios
  • Numerosas e inexplicadas doenças físicas

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Alimentos que pode incluir no seu dia-a-dia e assim ajudar a espantar a depressão.

Triptofano e Carboidratos bem humorados

 

Dos vários neurotransmissores, a serotonina exerce grande influência no estado de humor. Ela é também conhecida como a substância "mágica" e "sedativa" que melhora o humor de um modo geral, principalmente em pessoas com depressão.

Os níveis cerebrais de serotonina são dependentes da ingestão de alimentos fontes de triptofano (aminoácido precursor da serotonina) e de carboidratos.
A ingestão de carboidratos leva ao aumento nos níveis de insulina, que auxiliam na "limpeza" dos aminoácidos circulantes no sangue. Nessa limpeza de aminoácidos só escapa o triptofano na barreira hemato-encefálica.

O triptofano, uma vez no cérebro, aumenta a produção de serotonina que é o neurotransmissor capaz de reduzir a sensação de dor, diminuir o apetite, relaxar e até induzir e melhorar o sono.

Uma alimentação pobre em carboidratos, por vários dias, pode levar a alterações de humor e depressão, assim como uma alimentação com excesso de proteínas.

O caminho é o equilíbrio! Nem de menos, nem de mais.

Fontes de triptofano: carnes magras, peixes, leite e iogurte desnatados, queijos brancos e magros, nozes e leguminosas.

Fontes de carboidratos: pães, cereais integrais, biscoitos integrais, massas integrais, arroz integral e selvagem, frutas, legumes e chocolate amargo (com moderação).


Proteínas que dão alegria

O processo de digestão das proteínas fornece os aminoácidos para o nosso corpo formar suas próprias proteínas. Um aminoácido conhecido como tirosina está relacionado com a produção de dopamina e adrenalina, ambos, neurotransmissores que promovem o estado de alerta, o "pique" e a alegria.

Fontes de tirosina: peixes, carnes magras, aves sem pele, ovos, leguminosas, nozes e castanhas, leite e iogurte desnatados, queijos magros e tofu.




Folato anti-deprê

O Folato ou ácido fólico é uma potente vitamina antidepressiva natural.

Em baixas concentrações no organismo, diminui os níveis cerebrais de serotonina.

Fontes de Folato: espinafre, feijão branco, laranja, aspargo, couve de Bruxelas, maçã e soja.


Vitamina B6 com prazer

Faz parte de uma enzima "chave" que participa da produção dos neurotransmissores norepinefrina e serotonina e conseqüentemente melhora o humor.

Fontes de B6: frango, atum, banana, cereais integrais, levedo de cerveja, arroz integral, cará, alho e sementes de gergelim.

 
O Cálcio nosso de cada dia

Diariamente o cálcio deve fazer parte do cardápio de homens e mulheres e assim garantir ossos e dentes saudáveis e ainda de "quebra" doses extras de bom humor!

Os estudos mostraram que esse importante mineral ajuda a controlar e reduzir a irritabilidade e o nervosismo em mulheres que sofrem de TPM (tensão pré-menstrual). Participa da transmissão de impulsos nervosos e contrações musculares. Regulariza a pressão arterial e os batimentos cardíacos.

Fontes de Cálcio: leite e iogurte desnatados, queijos magros.

Magnésio, o grande colaborador do Cálcio

Além de ser colaborador do Cálcio, o Magnésio está também envolvido na regulação dos níveis de serotonina.

Participa da produção de energia, da contração muscular, da manutenção da função cardíaca normal e da transmissão dos impulsos nervosos.

Fontes de Magnésio: tofu, soja, caju, tomate, salmão, espinafre, aveia, arroz integral.

Selênio, um mineral magistral

Segundo os pesquisadores, tudo indica que o selênio tem uma grande participação no estado de humor. Pessoas que tem carência de selênio são mais depressivas, irritadas e ansiosas.

Fontes de selênio: castanha do Pará, nozes, amêndoas, atum, semente de girassol, trigo integral, peixes. (2 castanhas do Pará, diariamente, fornecem 200 microgramas de Selênio de forma segura).

Ômega-3, uma gordura do Bem

Os estudos clínicos vem mostrando que os ácidos graxos ômega-3 além de proteger o coração e as artérias, auxiliar na redução do colesterol, manter estáveis os níveis da pressão arterial, fortalecer o sistema imunológico, podem ainda auxiliar nos tratamentos contra depressão. Pessoas que receberam doses de ômega-3 apresentaram melhora nos sintomas de depressão.

Fontes de ômega-3: salmão, atum, bacalhau, arenque, cavalinha, sardinha, truta, óleos de peixe e sementes de linhaça. 

Pimenta, uma medida picante

As pesquisas científicas constataram que o uso da pimenta vermelha, durante às refeições, proporciona ação no Sistema Nervoso Simpático com respectivo aumento da liberação de noradrenalina e adrenalina, ambos responsáveis pelo estado de alerta e melhora de ânimo em pessoas deprimidas.




Hipericão no tratamento das depressões ligeiras, moderadas e graves

Hipericão no tratamento das depressões ligeiras, moderadas e graves

 

 

O uso do Hipericão, também conhecido como Erva de São João,é de grande ajuda no tratamento das depressões ligeiras, moderadas e graves.
O estudo foi publicado online pela Cochrane Systematic Reviews em 8 de Outubro deste ano, e concluíu que extractos de raíz de hipericãom, são tão eficientes para o tratamento da depressão como os fármacos comuns. Alguns testes clínicos, efectuados desde os anos oitenta mostraram que a erva podia ajudar indivíduos com formas leves a moderadas desta condição devastadora, e vários testes avaliaram recentemente o efeito da raíz de hipericão em indivíduos com depressão grave.
Para este estudo, Klaus Linde do Centre for Complementary Medicine em Munique, e os seus colegas no University Medical Center em Freiburg, na Alemanha analisaram 29 testes randomizados, duplamente cegos que avaliaram os efeitos da raíz de hipericão (Hypericum perforatum) num total de 5,489 indivíduos com sintomas de depressão grave. Os testes incluiram 18 comparações da erva com um placebo, e 17 comparações com um tratamento antidepressivo comum (6 testes compararam ambos o placebo e o tratamento antidepressivo com raíz de hipericão).
A pesquisa permitiu descobrir que a raíz de hipericão teve uma melhor performance que um placebo contra a depressão grave. Em testes que compararam extracto de raíz de hipericão com outros tratamentos, o extracto foi considerado igualmente eficaz contra a depressão, com significativamente menos pessoas a desistir devido a efeitos secundários comparativamente às que receberam inibidores da recepção de serotonina selectivos ou antidepressivos mais antigos.
A raíz de hipericão contém substâncias com propriedades antidepressivas, incluindo hipericinas, flavonóides, biflavonoides, xantonas, e hiperforina. Os autores enfatizaram que a qualidade dos extractos de raíz de hipericão pode diferir, dependendo do material da planta, processo de extracção, e solventes usados.

“Em termos gerais, descobrimos que os extractos de raíz de hipericão testados nos testes foram superiores aos placebos e tão eficazes quanto antidepressivos comuns, com menos efeitos laterais,” afirmou Dr Linde. “Usar um extracto de raíz de hipericão pode ser justificado, mas os produtos no mercado variam consideravelmente, por isso estes resultados apenas se aplicam às preparações testadas.”
Nesta altura do ano, muitas pessoas ficam um pouco deprimidas. Experimentem a raiz de hipericão, em vez de irem à farmácia buscar um antidepressivo.
Quero realçar que o estudo incidiu sobre a raíz de hipericão, pelo que o chá que se encontra à venda não se adequa para esta patologia. Procurem antes por hipericão em comprimidos ou cápsulas.

Ômega 3 é um remédio natural para a depressão

Ômega 3 é um remédio natural para a depressão


Ômega 3 é um remédio natural para a depressão, diz especialista.

O psiquiatra francês David Servan-Schereiber escreveu um livro que ficou famoso no mundo todo. Ele é um dos maiores defensores dos métodos naturais no tratamento da depressão. Reconhece que, se para algumas pessoas em crise grave, os antidepressivos químicos são indispensáveis, nem sempre são recomendados para todos os casos.

“Acho que foram a descoberta mais importante do século 20 na medicina. Mas o que é insano, desequilibrado, é o número de pessoas tomando esses remédios. Especialmente quando sabemos que há métodos naturais de tratamento que são eficazes, eles podem curar os sintomas”, diz o psiquiatra.

Ele lembra que de 30% a 50% das pessoas que param de tomar remédios antidepressivos têm uma recaída em um ano. Portanto, a cura não é garantida. Em alguns casos, os métodos naturais podem ser aliados poderosos, principalmente quando a causa é a pressão da vida moderna.

“Você não pode evitar o estresse, é parte da vida. O que você pode evitar é a sua reação ao estresse. Você pode aprender como controlar sua fisiologia, por exemplo, com métodos, alguns dos quais bem antigos. Ioga, por exemplo, existe há 5 mil anos. Você controla sua atenção e respira, controla sua fisiologia”, orienta David Servan-Schereiber.

É sabido há muito tempo que existe uma relação entre saúde e os alimentos que ingerimos. Nos últimos anos isso tem sido comprovado cientificamente. Mas, e no caso da depressão? Será que ela é uma doença que pode ser tratada e prevenida com a ajuda de determinados alimentos?

O especialista em nutrição Silvio Laganá não tem dúvidas. Para ele, o Omega 3 – uma gordura encontrada em peixes, nas nozes, no agrião, no espinafre – é um remédio natural para a depressão.

“O espinafre é a maior fonte vegetal do Omega 3 em folhas verdes, junto com o agrião”, revela o nutrólogo.

A ação do Omega 3 nos neurônios, as nossas células nervosas, explica os benefícios.

“O Omega 3 faz com que a membrana celular que reveste os neurônios tenha fluidez, ela não deixa endurecer essa membrana. No caso das gorduras saturadas – as gorduras da carne, do leite e dos queijos –, ela favorece o endurecimento dessa membrana. Não é bom, ela vai dificultar a passagem de informação através do neurotransmissor, que fica bloqueada, e isso pode favorecer a depressão”, explica o especialista.

Alguns peixes estão no alto da lista dos alimentos campeões em Omega 3.

“O melhor é cavala, que tem uma concentração grande de Omega 3. E é um peixe barato também. A sardinha vem em último lugar, mas com preço bastante conveniente. Ela é rica em cálcio, que é um mineral bastante importante para a saúde humana. A anchova também é rica em Omega 3. É um peixe um pouco mais caro, mas com um sabor bastante peculiar, que agrada muitas pessoas”, diz o nutrólogo.

Uma maneira muito econômica e prática para incluir uma excelente e saudável fonte de Ômega3 na sua alimentação é ingerir diariamente as cápsulas de Óleo de Peixe Ômega3 da NatusFlora.

Uma cápsula de óleo de peixe Ômega3 da NatusFlora depois das refeições e uma nova dieta alimentar mudaram a vida do Advogado Álvaro Dias Lopes (38 anos). Dois anos de tratamento e os sintomas de depressão que estavam acabando com ele sumiram.

“Eu era muito agitado, a minha ansiedade estava sempre lá em cima. Então, isso estava me prejudicando até profissionalmente no meu dia-a-dia. Eu resolvi procurar a ajuda de um nutrólogo”, diz o Advogado.

Na alimentação, entraram o peixe, as saladas, as nozes. Saíram a gordura e os doces. E foi com sacrifício, ele admite, que cortou algo que de gosta muito.

“O chocolate faz bastante falta. Mas eu sou firme, não como mais”, garante Álvaro.

Bruxismo

Bruxismo


O Buxismo é um hábito parafuncional de ranger os dentes e constitui um dos mais difíceis desafios para a odontologia restauradora, sendo que a dificuldade para sua resolução aumenta de acordo com a gravidade do desgaste dentário produzido.
Fisiopatologicamente, o esmalte dentário é o primeiro a receber os prejuízos do Bruxismo, e o desgaste anormal dos dentes é o sinal mais freqüente da anomalia funcional. O padrão de desgaste dental do Bruxismo prolongado é, freqüentemente, não uniforme e mais severo nos dentes anteriores.
A importância do Bruxismo ainda se deve à sua relação com a dor muscular da articulação temporomandibular e alguns tipos de cefaléia.
Pode ser definido como um hábito parafuncional que consiste em movimentos involuntários ritimados e espasmódicos de ranger ou apertar os dentes, ocorrendo normalmente durante o sono.
Alguns autores dividem o termo Bruxismo em cêntrico, ato de apenas apertar os dentes, ou excêntrico, onde além de apertar os dantes há também o ranger dos dentes, porém, ambos sempre involuntários.
Há discrepância sobre a definição precisa do Bruxismo, alguns autores definindo-o como atividade parafuncional diurna ou noturna e outros alegando-o exclusivamente durante o sono. De modo geral diz-se Bruxomania para definir esse movimento de apertar, ou ranger dos dentes, quando a pessoa se encontra acordada.
É importante destacar, para entendimento conceitual, que o Bruxismo não é necessariamente uma doença. Trata-se mais de uma disfunção. É perfeitamente possível que alguns portadores de Bruxismo não tenham maiores conseqüências para o sistema mastigatório. O aspecto mórbido ou doentio pode ser pensado quando este hábito funcional leva à algum prejuízo do sistema mastigatório ou desencadeia sintomas de desordens temporomandibulares, como por exemplo, a artrite temporo-mandibular (ATM).
O Bruxismo noturno pode ocorrer em praticamente todos os estágios do sono, sendo observado predominantemente no estágio II e virtualmente ausente nos estágios III e IV, mais profundos. Quando relacionado ao sono, o Bruxismo envolve movimentos rítmicos semelhantes ao da mastigação intecalados por longos períodos de contração dos músculos mandibulares. Essas contrações costumam ser fortes e até superar aquelas realizadas durante a mastigação normal consciente. Costumam durar o suficiente para produzir fadiga e dor muscular.
Incidência e Curso
Alguns trabalhos estimam entre 6 e 20% dos adultos e em torno de 14% das crianças a incidência do Bruxismo. Entretanto, sinais e sintomas de Bruxismo são observados entre 80% e 90% das populações estudadas, sugerindo que, ou essas pessoas apresentam Bruxismo inconscientemente ou já o tiveram. Parece ainda que o Bruxismo diminui com a progressão da idade, predominantemente depois dos 50 anos. Quanto à distribuição nos sexos, alguns autores encontraram uma maior frequência do Bruxismo em mulheres.
Causas (Etiologia)
As causas normalmente estariam relacionadas a fatores psicológicos, como tensão emocional, agressão reprimida, ansiedade, raiva, medo, frustrações e estresse. A frequência e a severidade do Bruxismo pode variar a cada noite, e parece estar altamente associado ao estresse emocional e físico.
Prognóstico e Conseqüências
Hábitos funcionais do tipo Bruxismo costumam levar ao desgaste dentário, má oclusão severa, trauma oclusal, fratura dentária e dores em determinados componentes do sistema mastigatório. O Bruxismo é considerado uma das causas das desordens temporomandibulares devido à possibilidade de desencadear dor ou disfunção na musculatura mastigatória e /ou articulação temporomandibular.
Tratamento
Atualmente a odontologia tem optado pela utilização de uma placa estabilizadora, de resina acrílica, que respeite os conceitos de máxima estabilidade mandibular em relação cêntrica e movimentos excêntricos harmoniosos através de guias específicas (protrusivas e caninas). A função da placa estabilizadora seria para proteger os dentes e demais componentes do sistema mastigatório durante as crises noturnas de Bruxismo. Além disso a placa ainda reduziria a atividade elétrica de músculos elevadores da mandíbula, como masseter e temporal, reduzindo assim a atividade tensional.
Entretanto, a colocação de placas constitui-se num tratamento, digamos, sintomático. O ideal seria o tratamento dos estados tensionais, estressantes ou ansiosos que produzem o Bruxismo.

Quando se indica o tratamento e/ou medicamentoso em questões emocionais ?

Tratamento



Quando se indica o tratamento e/ou medicamentoso em questões emocionais ?
 
Antigamente dizia-se que todos os quadros de natureza "neurótica", ou seja, aqueles que eram conseqüência de algum problema vivencial, alguma experiência traumática, alguma fase de estresse, deveriam ser tratados exclusivamente com psicoterapia, ou seja, sem medicamentos.
Dizia-se ainda, que todos os quadros ditos "endógenos", ou seja, que apareciam independentemente das vivências, como as psicoses e as depressões graves, deveriam ser exclusivamente tratados com medicamentos.

Hoje, entretanto, sabemos que a indicação para terapia ou para tratamento medicamentoso deve ser avaliada caso-a-caso. De um modo geral, a associação medicamento-psicoterapia parece ser mais eficiente para os transtornos emocionais do que qualquer um desses tratamentos isoladamente.

Muitas vezes os medicamentos são indispensáveis e insuficientes (sem eles não dá para tratar e só com eles também).
Excluindo-se os surtos agudos, onde o juízo crítico está seriamente prejudicado, portanto, possivelmente imune à argumentaçào psicoterápica, nos demais estados emocionais a psicoterapia é bem vinda.

Acontece que, por razões práticas (e econômicas), o tratamento medicamentoso parece ser uma das únicas opções para um grande número de pacientes e, felizmente, com os avanços tecnológicos da ciência farmacêutica, os medicamentos estão ficando cada vez mais isentos de efeitos indesejáveis.
2. – Quanto tempo pode durar o tratamento psiquiátrico ?
Para responder adequadamente esssa pergunta há necessidade de saber se o paciente ESTÁ "nervoso", ou se ele É "nervoso". Também é igualmente importante, no caso da pessoa ESTAR "nervosa", saber se a situação existencial que a levou ao transtorno ora tratado, continuará indefinidamente ou se pretende resolver-se.

Evidentemente, SER "nervoso", corresponde a SER hipertenso, SER míope, SER reumático, SER diabético, SER epiléptico e assim por diante, ou seja, são pessoas para as quais a medicina encontrou recursos capazes de controlar suas doenças de modo a viverem o mais próximo possível do normal. Portanto, o tratamento será crônico, na exata proporção da cronicidade de sua doença.

Caso a pessoa ESTEJA atravessando uma fase ruim, doentia, alterada, com início bem delimitado na vida (há 1 ano, há 1 mês, há seis anos, etc), há enorme probabilidade da pessoa tomar esse medicamento por um período definido.

Normalmente os tratamentos psiquiátricos de quem ESTÁ passando por uma fase ruim gira em torno de 1 ano. Apesar do alívio dos sintomas aparecerem já no segundo mês de tratamento, interrompendo-se o tratamento precocemente há probabilidade dos sintomas retornarem.
3. – Crianças devem submeter-se a tratamento psiquiátrico ?
As crianças costumam apresentar transtornos emocionais com muita freqüência e deve ser, também, freqüentemente tratadas. Os quadros mais comuns são aqueles decorrentes da Depressão Infantil.

Nas crianças a Depressão não se manifesta como nos adultos. Normalmente ela se apresenta com rebeldia, irritabilidade, medo, baixo rendimento escolar, comportamento aderente à mãe, hiperatividade, etc. Outros quadros também se apresentam de forma diferente nas crianças e devem ser valorizados.

O tratamento psiquiátrico infantil é muito eficiente e cada vez mais isento de efeitos indesejaveis.
4. – Grávidas podem fazer tratamento psiquiátrico?
Alguns transtornos emocionais que acometem as mulheres durante e após a gestação podem ter um efeito devastador sobre o relacionamento conjugal, sobre o feto e sobre o desenvolvimento infantil do nascido.

Considerando-se a relação custo-benefício os transtornos emocionais na gravidez devem ser tratados. A maioria dos medicamentos que se julgava atravessarem a barreira placentária (agindo no feto) tiveram essa questão revista e, sabe-se hoje, ser muito menor essa passagem do que se supunha.

De qualquer forma, podendo ser evitados medicamentos na gravidez, e não apenas psicotrópicos, mais segura será a gravidez. Essa decisão, entretanto, não deve colocar em risco a saude emocional e física do feto e/ou do recém nascido.
5. – Idosos devem submeter-se à tratamento psiquiátrico?
Como já enfatizamos acima, atualmente os medicamentos têm sido cada vez mais isentos de efeitos indesejávies, cada vez mais seguros para idosos (e crianças), portanto, os idosos devem submeter-se à tratamento psiquiátrico.

O tratamento dos quadros psiquiátricos comuns aos idosos tem o propósito de melhorar a condição de vida e minimizar os efeitos do envelhecimento patológico, juntamente com a melhora do relacionamento do idoso com seus familiares.

Ballone GJ PsiqWeb

Delirium

Delirium

O Delirium consiste de uma perturbação da consciência acompanhada por uma alteração na cognição, a qual não pode ser atribuída a alguma Demência preexistente ou em evolução (DSM.IV). O Delirium é uma síndrome clínica e orgânica de etiologia múltipla e freqüentemente mal diagnosticada. Trata-se, o Delirium, de uma emergência médica verdadeira, comumente interpretado erroneamente como demência ou como psicose funcional, erro este capaz de obscurecer o diagnóstico de um sério distúrbio físico ou tóxico subjacente.
O Delirium, por se tratar de um sério problema de saúde de conseqüência significativa e freqüentemente experimentado por muitos pacientes idosos, principalmente quando hospitalizados, deve merecer sempre uma especial atenção dos médicos generalistas. Devido à sua habitual e potencial reversibilidade clínica, o tratamento do Delirium é uma atitude médica essencial.
Tendo em vista o fato do Delirium ser uma conseqüência fisiológica direta de uma condição clínica e orgânica geral, Intoxicação ou Abstinência de Substância, uso de medicamento ou exposição à toxinas, ou uma combinação desses fatores, sua abordagem não deve, absolutamente, ser monopólio da psiquiatria.
Segundo Inouye, o Delirium ocorre entre 10 e 60% dos idosos hospitalizados e não é diagnosticado corretamente 32 a 66% dos casos.

Características Neuropsíquicas
O Delirium pode ser considerado como uma síndrome de disfunção cerebral generalizada. Os avanços em neuropsiquiatria têm revelado algumas importantes diferenças entre as várias regiões do cérebro, incluindo as diferenças entre os hemisférios, as quais podem justificar a constelação dos sintomas entre os diferentes transtornos psiquiátricos.
Diferentes vias neuronais estão envolvidas na depressão, no transtorno obsessivo-compulsivo, etc. Trzepacz propõe que o Delirium envolve vias neuronais particulares e sua lateralização no hemisfério direito pode ser relevante. Os estudos de neuroimagem estruturais e funcionais, bem como os estudos neuropsicológicos recentes endossam esta lateralização.
O córtex pré-frontal direito, o tálamo anterior direito e o córtex têmporo-parietal basilar direito podem ter um papel significativo no desenvolvimento do Delirium decorrente de uma grande variedade de etiologias. Esta via neuronal particular final pode ser a responsável por determinados sintomas do Delirium, tais como pela desorientação, pelo déficit cognitivo, pelas alterações do ciclo sono-vigília, pelo pensamento desorganizado e pelas alterações da linguagem. Outros sintomas, como é o caso das alucinações, ilusões e labilidade afetiva podem depender da causa do Delirium. Um desequilíbrio nos sistemas colinérgico e dopaminérgico geralmente também está implicado no desenvolvimento do Delirium.
O Delirium costuma se desenvolver agudamente, geralmente em horas ou poucos dias, tendendo a flutuar de intensidade ao longo do período. A alteração da consciência no Delirium se manifesta por uma significativa redução da clareza da consciência em relação ao ambiente. Está seriamente prejudicada a capacidade para focalizar, manter ou deslocar a atenção.
Durante o exame clínico do paciente com Delirium, tendo em vista a atenção do paciente estar totalmente dispersa, há necessidade das perguntas serem repetidas várias vezes em alto e bom som. Pode ser muito difícil engajar o paciente numa conversação normal.
Se a atenção e consciência estão alteradas, há também uma alteração concomitante na cognição, a qual pode incluir o comprometimento da memória, desorientação ou perturbação da linguagem, assim como pode desenvolver-se uma perturbação da percepção (critério do DSM.IV).
O comprometimento da memória é evidente no Delirium, acometendo com maior freqüência a memória recente. Neste caso a semiologia consta em pedir que o paciente memorize vários objetos sem relação entre si ou uma frase curta e os repita após alguns minutos de distração.
A desorientação habitualmente se manifesta por desorientação temporal, quando então o paciente confunde a manhã, a tarde e a noite, ou espacial, com dificuldades dele saber se esta em casa, no hospital, etc. No Delirium leve, a desorientação temporal pode ser o primeiro sintoma a aparecer.
A perturbação na linguagem pode se evidenciar com disnomia, isto é, um prejuízo na capacidade de nomear objetos, ou disgrafia, o prejuízo na capacidade de escrever. Em alguns casos, o discurso é dispersivo e irrelevante, outras vezes é compulsivo e incoerente, com mudanças imprevisíveis de assunto.
As perturbações na cognição podem incluir interpretações errôneas da realidade, ilusões ou alucinações. Essas alterações da sensopercepção podem fazer com que qualquer som possa ser interpretado como um tiro, as dobras nas roupas podem parecer-lhe objetos animados, o paciente pode ainda ver um grupo de pessoas pairando sobre a cama (oniróide). A flutuação do quadro, relatado acima, faz com que o paciente se mostre coerente durante o dia mas, à noite, insiste em voltar à casa dos pais já falecidos.
O Delirium freqüentemente está associado a uma perturbação do sono, a qual pode incluir sonolência diurna ou agitação noturna, caracterizando assim uma inversão do ciclo de sono-vigília. O Delirium também é freqüentemente acompanhado por alteração psicomotora, com inquietação ou hiperatividade. Esse aumento da atividade psicomotora pode incluir o ato de tatear ou manusear as roupas de cama e tentar sair da cama quando isto é inseguro, retirada do equipo de soro, etc.
Há ainda a possibilidade do paciente apresentar redução da atividade psicomotora, com lentidão e letargia que se aproxima do estupor catatônico. Assim sendo, a atividade psicomotora poderá oscilar de um extremo a outro no decorrer do dia mas, a maioria dos casos costumam ser do tipo misto (46%), enquanto apenas 24% são Hipoativos e 30% Hiperativos. A incidência difere entre os três subtipos motores, sendo mais freqüente o Delirium misto em todas as pesquisas. Quanto aos tipos Hipo e Hiperativo os dados diferem um pouco entre autores. Okeeffe, por exemplo, encontrou 21% de Hiperativos contra 29% Hipo.
Na esfera emocional o paciente pode apresentar excesso de ansiedade, medo, depressão, irritabilidade, raiva, euforia e apatia. Podem ocorrer rápidas e imprevisíveis mudanças de um estado emocional para outro. O medo freqüentemente acompanha as alucinações ameaçadoras ou os delírios. Pode haver ferimentos por quedas do leito ou por tentativas de escapar das falsas ameaças.
O estado emocional perturbado dos pacientes com Delirium também pode se manifestar por comportamentos esdrúxulos, como por exemplo, por chamados continuados, gritos, palavrões, gemidos, resmungos ou outros sons. Esses comportamentos são especialmente prevalentes à noite e sob condições nas quais a estimulação e os indicadores ambientais estão mais ausentes. Entre os pacientes que tiveram Delirium, 315 de 717 (43,9%) tiveram demência no futuro.
Aproximadamente 37% dos pacientes com Delirium manifestavam esse déficit cognitivo no período da tarde e noite, 47% dos pacientes tiveram o Delirium da manhã. Os pacientes com Delirium apresentaram uma grande variedade de sintomas psiquiátricos.
Mais da metade dos pacientes apresentam ansiedade, retardo psicomotor, irritabilidade. Hipo ou hiperatividade. A maioria dos pacientes foi classificada como tendo o Delirium com alterações emocionais pronunciadas e 43% com sintomas psicóticos pronunciados. O estudo de Sardemberg Este estudo mostra que os pacientes com Delirium têm perfis clínicos muito diferentes. Isto pôde indicar uma necessidade para estratégias diferentes do tratamento para pacientes com os tipos diferentes de Delirium.
As crianças podem ser mais suscetíveis ao Delirium do que os adultos, especialmente quando relacionado a doenças febris e à determinados medicamentos, como por exemplo, os anticolinérgicos. Em crianças, o Delirium pode ser confundido com um comportamento não-cooperativo, e a obtenção de sinais cognitivos distintivos pode ser difícil. Se a criança não consegue ser acalmada por figuras familiares, isto pode ser sugestivo de Delirium.
Etiologia Clínica
O Delirium pode ser associado, fisiologicamente, ao metabolismo cerebral diminuído e à uma deficiência colinérgica. Estes déficits podem ocorrer também na doença de Alzheimer, a mais comum das demências. Alguns autores ressaltam que as semelhanças clínicas, metabólicas e farmacológicas entre o Delirium e a demência sugerem que, tanto o Delirium quanto a demência, sejam decorrentes de algum tipo de insuficiência cerebral.
Para o diagnóstico de Delirium Devido a uma Condição Médica Geral, deve haver evidências clínicas de que a alteração cognitiva é conseqüência direta de uma condição médica. Para isso há necessidade de uma avaliação clínica cuidadosa e abrangente de múltiplos fatores possivelmente etiológicos.
O Delirium pode estar associado com muitas condições médicas distintas, cada qual com exames físicos e achados laboratoriais característicos. Nas doenças sistêmicas, geralmente os sinais neurológicos não costumam ser focais. Nesses casos, por exemplo, várias formas de tremores podem estar presentes. A asterixia, que é um movimento de agitar as mãos hiperestendidas, foi originalmente descrita na encefalopatia hepática, mas pode ser encontrada em associação com outras causas orgânicas e metabólicas de Delirium.
Sinais de hiperatividade autonômica, como por exemplo a taquicardia, sudorese, rubor facial, pupilas dilatadas e pressão sangüínea elevada podem ocorrer com freqüência. Além dos achados laboratoriais característicos das condições clínicas ou das intoxicações ou dos estados de abstinência costumam representar fatores etiológicos importantes. O EEG geralmente está alterado, mostrando lentificação ou atividade rápida generalizadas.
As condições médicas gerais etiológicas do Delirium, incluem infecções sistêmicas, transtornos metabólicos, hipóxia, hipercapnia, hipoglicemia, desequilíbrio eletrolítico, doença hepática ou renal, deficiência de tiamina, estados pós-operatórios, encefalopatia hipertensiva, estados convulsivos pós-ictais e seqüelas de traumatismo craniano. Certas lesões focais do lobo parietal direito e superfície ínfero-medial do lobo occipital também podem provocar Delirium.
Os pacientes geriátricos com demência, quando sofrem algum quadro somático agudo, são altamente vulneráveis a desenvolver o Delirium. É extremamente importante suspeitar e reconhecer o Delirium nestes pacientes de risco, especial em serviços de emergência. Em trabalho recente, foram avaliados 637 pacientes com quadro de Delirium. Segundo Wahlund, as doenças infecciosas eram a causa principal do Delirium em 67% dos casos. Outras causas comuns eram doenças do coração. O uso de substâncias químicas como a única causa do Delirium foi encontrado em menos de 1% dos casos. Aproximadamente 70% desses pacientes teve distúrbios cognitivos severos, demência posterior e prejuízo cognitivo suave. Também se constatou que a existência de doenças múltiplas surgia com freqüência como fator causal do Delirium.
Delirium e Substâncias Químicas
Apesar da etiologia do Delirium ser multifatorial, as drogas costumam ser uma das causas importantes. Quase toda a droga pode causar o prejuízo cognitivo em indivíduos suscetíveis; entretanto, determinadas classes são geralmente mais implicadas.
Os benzodiazepínicos, os opióides, os anticolinérgicos e os antidepressivos tricíclicos são, provavelmente, os mais comuns causadores de Delirium entre os idosos. Antigos antihipertensivos, como por exemplo a reserpina e a clonidina também podem ser perigosos para a saúde da cognição. Antidepressivos mais novos tais como os inibidores seletivos de recaptação da serotonina não foram relacionados à efeitos negativos na cognição.
Diversos fatores podem aumentar o risco de transtornos da cognição induzidos por drogas nas pessoas idosas. Embora algumas drogas apresentam baixo risco de comprometimento da cognição, esse risco pode ser aumentado em pessoas mais velhas. A identificação desses medicamentos e as estratégias preventivas do Delirium podem impedir estas circunstâncias extremamente desagradáveis.
No caso do Delirium Induzido por Substância, deve haver evidência, pela história, exame físico ou achados laboratoriais, de Intoxicação ou de Abstinência de Substância, efeitos colaterais de medicamentos ou exposição a toxinas com suposta relação etiológica relacionados ao Delirium. O Delirium tanto pode ocorrer durante Intoxicação com Substância, quanto por Intoxicação com Substância.
O Delirium que ocorre durante a Intoxicação com Substância pode surgir minutos a horas após o consumo de doses relativamente altas de certas drogas, como por exemplo, a cannabis, cocaína e alucinógenos. Com drogas tais como o álcool, barbitúricos ou meperidina, o Delirium às vezes se desenvolve apenas após uma intoxicação mantida por alguns dias. Habitualmente, o Delirium resolve-se à medida que cessa a intoxicação ou dentro de algumas horas ou dias após seu término.
O Delirium associado com Abstinência de Substância se desenvolve à medida que as concentrações da substância nos tecidos e líquidos corporais diminuem após a redução ou término de um uso prolongado e habitualmente em altas doses de certas substâncias. A duração do Delirium tende a variar de acordo com a meia-vida da substância envolvida: substâncias de ação mais longa em geral estão associadas com síndrome de abstinência mais prolongada. Esse tipo de Delirium por Abstinência de Substância pode persistir por apenas algumas horas ou por até 2-4 semanas.
O Delirium por Intoxicação com Substância pode ocorrer com as seguintes substâncias:
álcool opióides
anfetaminas e relacionadas fenciclidina e relacionadas
canabinóides sedativos
cocaína hipnóticos e ansiolíticos
alucinógenos outras substâncias
inalantes  

O Delirium por Abstinência de Substância pode ocorrer com as seguintes substâncias:
Álcool (Delirium Tremens)
anfetaminas e relacionadas
sedativos
hipnóticos e ansiolíticos
outras substâncias

Os medicamentos que podem causar o Delirium são os seguintes:
anestésicos cardiovasculares
analgésicos antimicrobianos
antiasmáticos antiparkinsonianos
anticonvulsivantes corticosteróides
anti-histamínicos relaxantes musculares
anti-hipertensivos anticolinérgicos (in.psicotrópicos)

As toxinas que causam Delirium incluem:
anticolinesterase dióxido de carbono
organofosforados substâncias voláteis
monóxido de carbono combustíveis ou tintas
Prevalência
Nas pessoas hospitalizadas por uma condição médica geral com mais de 65 anos, aproximadamente 10% delas apresentará o Delirium por ocasião da admissão hospitalar e outros 10 a 15% podem desenvolvê-lo durante a hospitalização (DSM.IV), portanto, como se vê, trata-se de uma incidência bastante expressiva.
Curso
Os sintomas de Delirium geralmente se desenvolvem em questão de horas ou dias, mas podem iniciar mais subitamente ainda, como após um traumatismo craniano, por exemplo. Mais freqüentemente, os sintomas progridem para o Delirium pleno dentro de um período de 3 dias. Os sintomas de Delirium podem se resolver em algumas horas ou persistir por semanas, particularmente nos pacientes com demência coexistente. Se o fator etiológico subjacente é prontamente corrigido ou autolimitado, a recuperação completa é o mais provável de ocorrer.
Recentemente, diante dos 3 subtipos de Delirium (misto, com hiperatividade e com hipoatividade), tem surgido alguma evidência sugerindo que o Delirium hiperativo tem um prognóstico melhor do que outros subtipos.
Delirium no Hospital Geral
O Delirium freqüentemente resulta de complicações hospitalares ou de cuidados hospitalares inadequados principalmente aos pacientes mais velhos. Há autores recomendando a casuística de Delirium até como um marcador da qualidade do atendimento hospitalar.
Segundo Gray (1999), diversos fatores podem aumentar o risco de alterações na cognição induzidas por drogas das pessoas idosas. Enfatiza os desequilíbrios senis nos neurotransmissores, notadamente da acetilcolina e as alterações farmacocinéticas e farmacodinâmicas proporcionadas pelo envelhecimento. Teoricamente quase toda a droga pode causar prejuízo cognitivo em indivíduos suscetíveis, notadamente em idosos, entretanto, algumas substâncias são mais diretamente mais implicadas. É o que costuma acontecer com os benzodiazepínicos, alguns opióides, anticolinérgicos e antidepressivos tricíclicos.
Embora algumas drogas mostrem um baixo risco para causar alterações da cognição em jovens e adultos, o risco pode ser aumentado nas pessoas mais velhas, mais frágeis e que, geralmente, fazem uso continuado de diversos medicamentos. A identificação precoce do prejuízo cognitivo droga-induzido é crucial para a pronta recuperação do quadro.
As quatro razões mais comuns para a ocorrência do Delirium no ambiente hospitalar seriam, segundo Inouye, em ordem decrescente, a iatrogenia por medicamentos facilitadores de Delirium, a falha no reconhecimento precoce deste estado agudo do confusional, atitudes errôneas ou negligentes para o cuidado das pessoas idosas e a redução, por razões econômicas, do número de funcionários habilitados para o cuidado dos pacientes mais idosos.
Os cuidados da equipe de saúde, sejam preventivos e/ou curativos precoces, em relação ao Delirium, podem melhorar a qualidade do atendimento hospitalar para os idosos. Muitas vezes esse quadro se desenvolve ou se facilita em conseqüência da falta de avaliação cognitiva rotineira e diária, que pode e deve ser feita pela própria enfermagem, à falta de cuidados mais especificamente geriátricos e dirigidos, predominantemente, à orientação cognitiva e incentivo à familiaridade (comunicação rotineira da data, local, procedimentos... etc), estimulação social do paciente, enfim, ao abandono sócio-familiar e situacional à que os idosos são submetidos.
Situações do Pós-operatório
Muitos autores têm tentado elaborar hipóteses fisiopatológicas e etiológicas do Delirium que freqüentemente aparece no pós-operatório, especialmente nas pessoas idosas. Os resultados, entretanto, não têm sido conclusivos ainda, talvez devido às diferenças metodológicas e/ou das diferenças das populações examinadas. A despeito disso, tem-se dado atenção especial, principalmente ao Delirium possível após a cirurgia cardíaca, de fratura de bacia e de fêmur em idosos.
O trabalho de Lynch e cols, de 1998, mostrou que, após controlar outros fatores sabidos como sendo de risco para o Delirium (idade, abuso do álcool, função cognitiva, condição física, etc), o elemento dor foi associado à um risco bastante aumentado de desenvolvimento do Delirium nos primeiros 3 dias de pós-operatório. O mesmo trabalho mostrou, ao contrário da constatação de Gray (1999), que a analgesia pós-operatória, do tipo de opióide, não foi associado com um risco aumentado do Delirium.
Atualmente alguns trabalhos têm procurado uma associação entre níveis mais elevados de dor no pós-operatório e o desenvolvimento do Delirium, sugerindo que o melhor controle da dor pós-operatória pode reduzir as possibilidades desta complicação séria.
O Delirium é uma complicação pós-operatória séria, que aparece depois de uma anestesia geral. A incidência de Delirium após anestesia geral é estimada em 10-15%. No exemplo de fatores de risco adicionais, tais como a idade velha, existência prévia de deficiência cérebro-vascular, e anestesia de longa duração, a incidência é muito mais elevada. O Delirium compromete significativamente a mobilização e a convalescença pós-operatória, pode determinar uma estadia mais longa no hospital e ser associada à taxas elevadas de mortalidade.
Alguns anestesistas têm constatado que a administração de piracetam nootrópico no pré-operatório favoreceu um período de recuperação mais curto depois da anestesia e teve uma influência favorável nos sintomas do Delirium. Entre os pacientes que lucraram com a aplicação profilática de piracetam, ressalta-se, especialmente, aqueles pacientes considerados de risco para o Delirium.
Apesar do fato do Delirium abranger uma área comum a diversas especialidades médicas, notadamente às cirúrgicas, e apesar ainda de se tratar de uma ocorrência freqüentemente severa nas pessoas idosas, poucos estudos tem-se desenvolvido em relação a ele. Em idosos, por exemplo, o Delirium pode ser uma complicação comum em casos de fratura da bacia. E, normalmente nesses quadros, a fisiopatologia do Delirium não pode ser explicada pela fratura em si.
Edlund investigou a incidência do Delirium, dos seus fatores predisponentes, do perfil clínico do paciente, dos sintomas associados e das conseqüências em 54 pacientes (19 homens e 35 mulheres), com idade média 77,1 anos, admitidos com fraturas de colo de fêmur. A incidência do Delirium pós-operatório foi de 27,8%. A espera prolongada para a operação aumentou o risco do Delirium pós-operatório. A ocorrência de Delirium durante a noite foi mais comum e os pacientes com apresentaram intensa ansiedade, alterações afetivas, ilusões e alucinações. Esse autor acabou por concluir que o Delirium é comum e tem um forte impacto na recuperação pós-cirúrgica da fratura do fêmur e quadril.
Tratamento
A correção de desequilíbrios metabolicos e do eletrolíticos, assim como os cuidados neurológicos e psiquiátricos podem ser eficiente profilaxia do Delirium. Também tem se enfatizado oferecer ao idoso hospitalizado circunstâncias ambientais que facilitem a reorientação do paciente como atitudes extremamente benéficas na prevenção desse quadro confusional.
Algum sucesso profilático foi conseguido com o piracetam nootrópico. No tratamento da fase aguda do Delirium, juntamente com o tratamento da eventual etiologia orgânica subjacente, psiconeurologicamente falando, o Haloperidol tem sido uma das drogas de escolha, cedendo cada vez mais lugar à olanzapina. No Delirium causado por intoxicação por anticolinérgicos, a fisostigmina é indicada. Benzodiazepínicos, clonidina e o clometiazol são usados para o tratamento do Delirium por abstinência.
Conclusão
O Delirium consiste de uma perturbação da consciência acompanhada por uma alteração na cognição não atribuída à Demência preexistente ou em evolução, segundo o DSM.IV. Trata-se de uma síndrome clínica e orgânica de etiologia múltipla e freqüentemente mal diagnosticada.
O Delirium é, realmente, uma emergência médica verdadeira, comumente mal diagnosticada e responsável pelo desfecho fatal na hospitalização de idosos. Após intervenções cirúrgicas o Delirium pode ocorrer como uma complicação letal séria em aproximadamente 5-15% dos pacientes. Adicionalmente, os fatores de risco tais como doenças, idade avançada, polimedicação e transtornos psiquiátricos prévios contribuem para aumentar o risco e a incidência. Após cirurgias do coração e ortopédicas, mais da metade dos pacientes é afetada.
O melhor tratamento para o Delirium é a prevenção, já que uma porcentagem expressiva desses pacientes ou evoluem para o óbito ou desenvolvem um quadro definitivamente demencial. A profilaxia se faz à partir da detecção dos pacientes de risco e investindo em atitudes preventivas.

Ballone GJ - Delirium - in. PsiqWeb



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