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terça-feira, 25 de outubro de 2011

NUNCA percas a Esperança, amigo... amiga....


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Livro para download - ESCUTANDO SENTIMENTOS


Livro que nos relata a importância de enfrentar o que sentimos e o poder de fazê-lo.
Espero que vos ajude.


Para download clique no título abaixo

ESCUTANDO SENTIMENTOS

domingo, 23 de outubro de 2011

COM MEDO DE TUDO !


Um dos distúrbios de ansiedade, a doença faz parte da vida de 3% da população mundial. Mas tem tratamento:

De repente o coração dispara. O peito aperta, as mãos transpiram e os braços começam a formigar. A cabeça gira e parece que tudo treme por dentro. Como se não bastasse, o ar some e é necessário respirar mais rápido para não se sufocar. Parece que a morte está chegando. Se ao menos desse para sair correndo ou, quem sabe, segurar a mão de alguém... Impossível controlar a avalanche de sensações, o imenso pavor.

A cena acima é uma típica crise de síndrome do pânico
, doença que não escolhe conta bancária, cor da pele nem país, prefere as mulheres na proporção de três para um e faz, ou fará, parte da vida de 3% da população mundial.

Medo desproporcional:
A síndrome é caracterizada pela repetição de crises que surgem aparentemente sem motivo, chegam ao pico em 10 minutos e duram cerca de 40. Vive-se um medo desproporcional. A pessoa pode até pensar que está tendo um infarto e correr ao pronto-socorro. Mas será liberada pelos médicos por estar bem clinicamente. Seu problema é outro. "A cabeça tira conclusões erradas", explica Márcio Bernik, coordenador do Laboratório de Ansiedade do Hospital das Clínicas, em São Paulo.

Rotina limitada:
As conseqüências são terríveis. Há sempre o temor de uma nova crise e o indivíduo passa a evitar situações que acredita desencadear o problema. Cerca de dois terços dos pacientes desenvolvem a agorafobia, medo de locais públicos. Receiam passar mal e não encontrar socorro.

O transtorno do pânico não é privilégio da vida moderna. Já teve vários nomes, como síndrome do coração do soldado, por causa da Guerra Civil Americana (1861-1865), em que surgiram alguns casos. O médico austríaco Sigmund Freud a enquadrou na neurose da angústia. Só nos anos 80 a doença teve o diagnóstico bem definido (veja o quadro à direita).

Fatores biológicos, genéticos, ambientais e psicológicos mesclam-se durante o ataque. Sabe-se que há problemas com certos neurotransmissores, porque as crises melhoram com drogas capazes de regulá-los. Os mecanismos acionados pelo cérebro, porém, são pouco conhecidos. "Provavelmente não existe um centro do pânico", explica o psiquiatra Renato Ramos, da Universidade de São Paulo (USP). "Várias estruturas cerebrais devem estar envolvidas."

Estudos indicam que existem de 17% a 35% de fatores genéticos. "Herda-se a vulnerabilidade", conta o psiquiatra Francisco Lotufo-Neto, da Faculdade de Medicina da USP. É aí que entram o estresse e a dificuldade para resolver os problemas.

Segundo Rosana Laiza, presidente da Associação Nacional da Síndrome do Pânico, é possível definir um perfil de quem desenvolve a doença. "Normalmente é uma pessoa perfeccionista, que não relaxa e quer controlar tudo", conta, baseada nos cerca de mil casos encaminhados à Associação nos últimos 16 anos. "Também é agarrado à imagem da mãe."

A ação dos remédios:
Há quem questione a conclusão. "É complicado avaliar alguém depois de doente", rebate a psicóloga Lígia Ito, do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Polêmicas não faltam. Afinal, trata-se da cabeça, de emoções.

Apesar das divergências, há tratamento. Começa com remédios, principalmente antidepressivos, que atuam sobre os neurotransmissores. "Há várias opções e o médico seleciona aquele que irá causar menos efeitos colaterais conforme o paciente", explica a psiquiatra Helena Calil, da Universidade Federal de São Paulo.

Segundo pesquisa do Hospital das Clínicas paulistano, se tirada a droga após um ano de tratamento, 20% dos pacientes ficam bem, 40% têm recaída imediata e outros 40% recaem depois de uma situação de estresse. Há quem seja medicado por toda a vida.

Depois de medicado, inicia-se a terapia de auxílio. O paciente se expõe, sistematicamente, a uma das situações que teme, como enfrentar uma fila. Mede o grau de ansiedade a cada tentativa e aprende técnicas de relaxamento. "Também o ajudamos a confrontar os pensamentos catastróficos com a realidade", conta a psiquiatra Valéria Lauriano, de São Paulo.

"No lugar de pensar que o avião vai cair, lembramos que é um transporte seguro." Quando a pessoa chega ao objetivo sem sentir desconforto, escolhe outra situação que antes a aterrorizava. "Tudo é feito aos poucos", avisa Lotufo-Neto. "Além disso, indicamos psicoterapia para reacomodar problemas com relacionamentos e auto-imagem." Faz sentido: quem tem pânico questiona sua capacidade de enfrentar o mundo e se sente inferiorizado.

"Quem passou pelo problema sempre fica com alguma coisinha", acredita Antônio Santos. "Como o sujeito que comia coalhada assoprando a colher porque certa vez tinha se queimado com leite quente." Mas é difícil medir as seqüelas psicológicas — saber se o indivíduo está agitado por causa da doença do passado ou porque, como todo mundo, tem seus momentos normais de ansiedade.

Investigação psicológica:
Rosana Laiza também indica o relaxamento autógeno, técnica de autocontrole que possibilitaria regular o batimento cardíaco. E aplica a psicoterapia para resolver os males que estariam no fundo das crises. "Levamos o paciente a entrar em contato com sua infância."

Para o psiquiatra e psicanalista Oswaldo Ferreira Leite, do Hospital das Clínicas de São Paulo, "é importante não dispensar uma investigação psicológica, além dos outros tipos de tratamento".

Remédios, terapia comportamental, relaxamento autógeno, psicoterapia e psicanálise. Seja qual for o caminho, o importante é saber que existem saídas. "É possível encontrar ajuda e ser feliz", garante a dona de casa Lya Williams, de 50 anos. Com análise, terapia e medicação, ela livrou-se das crises que a atormentaram de 1988 a 1994. Como Lya, muitas vítimas podem recuperar a paz.

Conheça os sintomas:
Os sinais do pânico podem ser confundidos com os de hipertireoidismo, asma, diabete, epilepsia, dependência de drogas, alterações cardíacas e alcoolismo. Só quando esses males são excluídos é que se começa a pensar para valer na hipótese da síndrome.

O fato de alguém entrar em pânico não significa que tenha o distúrbio. Afinal, 10% da população está sujeita a ter uma crise ou outra de terror algum dia. O que caracteriza a doença, porém, é enfrentar mais de três ataques por mês.

Além disso, é preciso sentir pelo menos quatro dos seguintes sintomas: falta de ar, tontura, tremores, palpitação, sudorese, náusea, formigamento, despersonalização (sensação de deixar o corpo), ondas de calor ou de frio, desrealização (tudo parece um filme), medo de enlouquecer ou de morrer e urgência de ir ao banheiro.

Como amenizar os ataques:
É possível amenizar os ataques de medo. "Deve-se pensar que o desconforto vai passar e fazer respiração abdominal, mais profunda e demorada, para evitar tontura, tremor e formigamento", ensina a psiquiatra paulista Valéria Lauriano. "O ideal é treinar os movimentos em casa, deitado e com um livro sobre a barriga."

A psicóloga Rosana Laiza, presidente da Associação Nacional da Síndrome do Pânico, indica mudanças no estilo de vida. "É bom controlar o estresse e ser mais flexível consigo e com os outros".

Por: Dra. Elaine Marini

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Compreender a depressão e o seu impacto nas relações






A depressão afecta toda a família... Todos nos sentimos tristes ou “em baixo” de vez em quando — isto é uma parte normal da vida. Sentimentos tristes ou negativos que tornam difícil lidar com o dia a dia, podem assinalar uma doença chamada depressão.

A depressão pode causar um verdadeiro sofrimento — tanto para a pessoa afectada como para os membros da família e outros entes queridos. Quando uma pessoa está deprimida, pode achar difícil ir trabalhar, cumprir as tarefas diárias e até levantar-se da cama. Algumas vezes, a pessoa deprimida também acha difícil dar o primeiro passo na busca de ajuda.
Aqueles que estão ligados a quem sofre de depressão são frequentemente vítimas ignoradas, uma vez que o impacto da depressão nas suas vidas é pouco valorizado.
As pessoas que sofrem de depressão podem suscitar sentimentos de frustração, culpa ou mesmo irritação nos que lhes são queridos, os quais podem ressentir-se dos problemas da pessoa deprimida ou ter dificuldade em compreender as suas causas. Estes sentimentos são normais, mas ajuda ter meios saudáveis para lidar com eles.

Felizmente, a depressão é uma doença que se trata - e apreender o máximo que se puder acerca desta perturbação e do seu tratamento poderá ajudar. Esta brochura descreve situações concretas relacionadas com a depressão e dá sugestões práticas que podem ajudar toda a família a lutar contra os efeitos da depressão.

Qual a importância das relações familiares na depressão?


As relações de apoio entre membros da família (incluindo os cônjuges) são vitais no tratamento diário desta doença.


Reconhecer a depressão...
os sintomas podem ser por
vezes surpreendentes

A depressão afecta o humor da pessoa, a visão sobre a vida, o comportamento e até algumas funções corporais, tais como dormir, comer ou o próprio nível de energia. A pessoa depressiva sente quase sempre tristeza ou preocupação, e está frequentemente irritável ou ansiosa. Muitas pessoas com depressão costumam ter baixa da auto-estima e pensamentos negativos (noutras palavras, elas poderão pensar frequentemente, “Eu não consigo fazer isso” ou “Isto não vai resultar”).
A depressão tem diversos sintomas — alguns mais fáceis de reconhecer e outros mais difíceis. O primeiro sinal de depressão é, muitas vezes, uma mudança do comportamento normal da pessoa — podendo, por exemplo, tornar-se irritável e afastar-se ou começar a ter problemas com o sono ou o apetite. Sintomas comuns de depressão incluem3:

  • Sensação de tristeza, desânimo, melancolia
  • Perda de interesse por coisas que eram apreciadas (sexo ou outras actividades)
  • Perda de apetite ou peso (ou, por vezes, aumento de peso)
  • Dificuldade em dormir ou dormir em demasia
  • Agitação ou lentificação psicomotoras
  • Sensação de cansaço, lentidão ou inquietação
  • Sensação de incapacidade ou culpabilidade
  • Problemas em concentrar-se, pensar, recordar ou tomar decisões
  • Pensamentos de morte ou suicídio

Dois casos muito diferentes de Depressão

O modo como estes sintomas se manifestam pode variar de pessoa para pessoa.
Por exemplo, a Joana, de 19 anos, embora não se sentisse cansada, confessou ao seu médico que estava a ser difícil cumprir com o seu trabalho e compromissos sociais.
A sua mãe contou que a Joana andava a dormir 10 a 12 horas todos os dias, muito mais do que as suas normais 7 a 8 horas.
Tinha dores de cabeça, outras dores e problemas de estômago.
Embora possa parecer surpreendente, sintomas físicos como estes são comuns em pessoas com depressão.
Marcos, de 51 anos, contou que se encontrava frequentemente rabugento e sentia que ele e a sua esposa estavam sempre a discutir. Também referiu que a sua esposa era muito crítica em relação a ele e que era frequentemente hostil e se zangava. Além disso, Marcos sentia dificuldades em dormir à noite e estava a perder peso. 
O aumento da irritabilidade e das discussões andam muitas vezes de mãos dadas com a doença depressiva: em parte é por isto que a depressão num membro da família tem um impacto significativo nas emoções e no comportamento de outros membros da família — e no relacionamento do casal ou de toda a família.
O diagnóstico de depressão é feito normalmente quando uma pessoa sente cinco (ou mais) dos sintomas habitualmente descritos para a definir. Tais sintomas, ocorrem quase todos os dias durante, pelo
menos, 2 semanas. É obrigatório que pelo menos um dos sintomas seja o humor depressivo ou a perda de interesse ou prazer. 
Crianças e adolescentes podem ficar irritáveis em vez de tristes. Se algum destes sintomas ocorrer – e se se mantiver – é importante falar com o seu médico para se certificar se poderão corresponder a sinais de depressão.

Quem é afectado pela depressão
A depressão pode atingir todos os tipos de pessoas. Certos grupos podem ser mais propensos a deprimir-se. Por exemplo, as mulheres têm quase duas vezes maior probabilidade de terem sintomas da depressão do que os homens. Crianças e adolescentes podem também deprimir-se. Os sintomas da  depressão num adolescente são semelhantes aos do adulto, mas podem também incluir comportamentos inapropriados ou uma diminuição no desempenho escolar.
Aproximadamente 5% da população sofre, por ano, de alguma forma de depressão,
e muitas mais sentem os efeitos da depressão no seio da família6. Felizmente, o tratamento pode reduzir a gravidade e extensão dos episódios depressivos na maior parte das pessoas.

Causas da depressão
A depressão não é fruto de um único factor. Alguns acontecimentos com significado existencial — como um divórcio ou a perda de alguém querido — podem despoletar sintomas de depressão. Mas algumas pessoas deprimem mesmo quando a sua vida corre bem. A tendência para deprimir pode ocorrer numa família e parece haver um factor genético (ou herdado) em muitos casos de depressão4. Por exemplo, se um gémeo tem uma Doença Depressiva Major, há uma probabilidade de cerca de 50%
de que o outro exiba também sintomas de depressão, alguma vez, durante a sua vida. Além disso, filhos pais e parentes de uma pessoa com uma Doença Depressiva Major são duas ou três vezes mais propensos a terem este tipo de depressão, do que os parentes em primeiro grau de pessoas sem esta doença.
Causas físicas podem também contribuir para o desencadeamento da depressão e acredita-se que os sintomas possam também ser despoletados pelo desequilíbrio ou diminuição do nível de substâncias químicas (chamadas neurotransmissores, que incluem a serotonina e a noradrenalina) ou dos sinais que estas transportam para o cérebro. Muitos dos actuais medicamentos antidepressivos actuam regulando o nível destes neurotransmissores. Outras doenças, o uso de certos medicamentos e
a ingestão excessiva de álcool ou drogas, podem também contribuir para o desenvolvimento da doença depressiva4.
As causas da depressão são diferentes para cada indivíduo. Contudo, é importante que todos os membros da família compreendam que a pessoa não é “culpada” pela depressão e que, simplesmente, “tentar reagir” não irá resolver o problema.
E, quaisquer que sejam as causas, a maior parte das pessoas tratadas começam a sentir-se melhor após algumas semanas de tratamento médico. A depressão não é causada por uma fraqueza pessoal ou por falta de controlo – é uma doença médica que pode ser tratada.

Existe mais do que um tipo de depressão?
Sim. Na Doença Depressiva Major há perda de interesse por coisas que antes eram apreciadas, sensação de tristeza, desânimo, melancolia e ainda pelo menos três dos seguintes sintomas: perda ou aumento de peso; insónia ou hipersónia; agitação ou lentificação psicomotoras; sensação de cansaço ou inquietação; sentimentos de incapacidade; problemas na concentração e pensamentos suicidas.
Algumas pessoas têm um tipo diferente de Doença Afectiva, conhecido como Doença Bipolar, ou Doença Maníaco-Depressiva.
As pessoas com esta perturbação sofrem um ou mais episódios maníacos (um estado anormal de humor que se encontra persistentemente exaltado, eufórico, expansivo ou irritável e que aparece conjuntamente com outros sintomas), os quais podem ser seguidos ou precedidos de episódios depressivos major.
Existem tratamentos eficazes para as Doenças Afectivas. Um profissional de saúde é a pessoa a consultar para que o diagnóstico seja efectuado e para que se tome a decisão mais apropriada em relação ao tratamento. O plano de tratamento tem de envolver um médico, caso a medicação seja considerada necessária.

A importância do Tratamento
A depressão responde bem ao tratamento. Hoje em dia, existem muitas opções de tratamento eficazes, e a maior parte dos doentes com depressão pode esperar uma melhoria com o tratamento. O objectivo da terapêutica medicamentosa é controlar
os sintomas e tratar a doença, permitindo que a  pessoa deprimida se sinta melhor
e retome a sua rotina diária normal.
A psicoterapia pode ser usada para ajudar a pessoa e a família a aprender novos comportamentos e estratégias de actuação. A psicoterapia (falar sobre as emoções e a depressão com um profissional qualificado), pode também ajudar a reduzir e tratar os sintomas. O programa de tratamento varia de pessoa para pessoa e cada caso deve ser avaliado individualmente. Por vezes, a combinação de tratamentos resulta numa melhoria mais consistente a curto e longo prazo.

Quanto tempo demora a ficar-se melhor?

Muitas pessoas começam a sentir-se melhor 3 a 4 semanas após o início da terapia. Contudo, é importante ter em conta que a recuperação de uma depressão nem sempre se processa de forma linear — por outras palavras, o doente depressivo poderá viver uma mistura de “bons” e “maus” dias, mesmo após os sintomas começarem a diminuir.

O profissional  responsável pelo tratamento pode sugerir que a pessoa deprimida mantenha um diário que a ajude a verificar se os sintomas estão a melhorar.
Por exemplo, o Dr. Kelsey, Professor do Departamento de Psiquiatria e Ciências Comportamentais, da Universidade de Medicina Emory, usa uma escala de depressão  para ajudar os seus doentes a terem a noção de como se sentem. Nesta escala, 0 — indica “Sinto-me pior do que alguma vez me senti”; 1 — “Sinto-me mal a maior parte do tempo”; 2 — “Sinto-me triste/infeliz algumas vezes”;  3 — “Sinto-me contente a maior parte do tempo” e 4 — “Sinto-me melhor do que alguma vez me senti”.

Tomar breves notas acerca dos padrões de sono ou de outras actividades diárias pode também ser útil.
O cônjuge ou outro membro da família podem dar uma ajuda preciosa nesta área, uma vez que alguns doentes deprimidos podem sentir-se demasiado tristes ou cansados para registarem os seus próprios sintomas (pelo menos nos primeiros dias ou semanas da terapia).
A depressão pode também ser uma doença recorrente. Estudos mostraram, contudo, que o tratamento médico contínuo pode ajudar a prevenir o regresso dos sintomas (uma recaída ou nova ocorrência). O tratamento pode também aumentar a probabilidade de uma pessoa permanecer bem. Os tratamentos para a depressão incluem medicação, psicoterapia, ou a combinação de ambos.
Os medicamentos para o tratamento da depressão são conhecidos como antidepressivos. Existem muitos tipos de medicamentos antidepressivos e cada um actua de um modo ligeiramente diferente do outro. É importante que os membros da família compreendam que pode levar algum tempo até encontrar o medicamento que melhor actua e que é mais fácil de tomar — seja paciente e lembre-se que um tratamento eficaz pode trazer verdadeiros benefícios.
As medicações antidepressivas podem ajudar a normalizar os desequilíbrios químicos por vezes associados à depressão. Como foi anteriormente mencionado, pensa-se que estes medicamentos actuam regulando o nível de substâncias químicas especiais (neurotransmissores) que transmitem sinais no cérebro. Existem numerosos antidepressivos. Os medicamentos mais antigos incluem os antidepressivos tricíclicos tais como a amitriptilina, a nortriptilina, a imipramina, a clomipramina e os inibidores da monoaminoxidase (MAOIs). Os antidepressivos tetracíclicos antigos incluem a trazodona e a maproptilina.
Nos últimos anos, um número de novos medicamentos têm sido introduzidos.
Estes, incluem os inibidores da serotonina (SSRI) como a fluoxetina, paroxetina, fluvoxamina e sertralina, os inibidores da serotonina e da noradrenalina como a venlafaxina, além de outros compostos.
Devido ao facto de todos estes agentes serem bastante eficazes e bem tolerados, são agora vulgarmente utilizados no tratamento da depressão. O seu médico pode fornecer-lhe informações mais completas sobre a medicação antidepressiva.

Quais são alguns  dos efeitos secundários que podem ocorrer durante o tratamento com antidepressivos?

Os antidepressivos tricíclicos podem causar sonolência, boca seca, aumento de peso, visão turva, obstipação, e tonturas, entre outros efeitos secundários.
Os novos antidepressivos podem causar náuseas, diarreia, alterações do peso, tremores, insónia e outros efeitos secundários. Muitos destes efeitos secundários desaparecem ou diminuem com o decorrer do tempo. Geralmente, os novos antidepressivos são bem tolerados pela maioria dos doentes deprimidos.
Quando surgem efeitos secundários, é importante informar o médico. Muitas vezes, uma simples mudança – como ajustar a dosagem ou tomar o medicamento com (ou sem) comida – pode eliminar o problema. Alternativamente, uma vez que existe uma variedade de medicamentos eficazes disponíveis, o médico poderá aconselhar a mudança para outra medicação. Como membro da família, é importante apoiar a pessoa deprimida que sofre com os efeitos secundários, encorajando-a a falar com o médico.
Como se constatou anteriormente, a psicoterapia pode também ajudar a reduzir os sintomas e a tratar  depressão. O terapeuta e o doente podem discutir experiências, relações, acontecimentos, sentimentos e percepções importantes para o doente, o que poderá ajudar a clarificar questões penosas.
Uma vez que a depressão “mexe” com outros membros da família, a participação de toda a família em algumas sessões de aconselhamento poderá  ser útil. O doente e seus familiares poderão discutir esta hipótese com o terapeuta responsável pelo tratamento.
Para algumas pessoas, particularmente aquelas com depressões mais ligeiras, a psicoterapia poderá ser o único tratamento a seguir. O médico psiquiatra poderá ajudar a decidir se a psicoterapia é adequada ao tratamento do doente.

Como posso falar dos meus problemas quando estou deprimido?


O estigma associado aos sintomas depressivos impede muitas pessoas de procurarem ajuda mas, como esta brochura mostra, existem numerosos tratamentos eficazes.
É por isso que é necessário encontrar um médico, psicólogo ou outro profissional de cuidados de saúde com o qual se sinta à vontade para conversar. Poderá necessitar de falar de questões delicadas, uma vez que a depressão pode afectar todos os aspectos da vida familiar – desde a rotina normal da família até ao relacionamento sexual entre o casal. Encontrar uma solução é importante! Trata-se da sua saúde e da sua vida. A educação e o esclarecimento irão ajudar a combater a depressão.

Para iniciar uma conversa ou discussão, poderá achar útil apontar algumas questões antes de se dirigir ao consultório médico ou à sessão de aconselhamento.
Durante a visita, não hesite em tirar notas. Desse modo poderá rever o que o médico ou terapeuta lhe foi dizendo.

Como familiar de que modo posso ajudar?


É importante que os familiares possam fornecer à pessoa deprimida um ambiente carinhoso e de apoio. É natural que se espere que os sintomas da depressão desapareçam rapidamente, mas é preciso reconhecer que o doente irá progredir ao seu próprio ritmo. Tente não se colocar a si e à pessoa deprimida em situações que possam provocar desapontamentos e tente não pressionar o doente a animar-se.
Lembre-se que o primeiro tratamento pode não ser a melhor resposta para a depressão e que o processo de tentativa e erro pode levar algum tempo. Encoraje a pessoa com depressão. Registe quaisquer melhorias. Considere uma reavaliação posterior com o médico, ou até a procura de uma segunda opinião se as semanas passarem e os sintomas permanecerem inalteráveis ou piorarem.
Algumas pessoas têm de experimentar mais do que um tratamento ou trabalhar com mais de um profissional de saúde, antes de encontrar a combinação certa entre a relação pessoal e o tratamento indicado.
O desânimo provocado pela depressão pode levar o doente a pensar que não vale a pena consultar um médico ou tomar medicação. Ajude-o a seguir as instruções
do médico.
Finalmente, procure ser sensível. Trate a pessoa tão normalmente quanto possível, mas não o faça como se nada se passasse. A pessoa depressiva apreciará que não se ignore a sua doença.
Lembre-se que procurar tratamento é um sinal de força e é o primeiro passo para se sentir melhor. Reconheça que a melhoria sintomática é uma etapa em direcção a um objectivo mais global — resolver os problemas relacionados com o episódio depressivo, melhorando o relacionamento e os aspectos afectivos e emocionais que terão conduzido à depressão. Este processo demora algum tempo, mas pode levar a uma vida mais saudável e feliz.

O modo como a depressão afecta os comportamentos e as Relações
A depressão está muitas vezes ligada a uma mudança no comportamento. Os doentes deprimidos revelam muitas vezes dificuldade em se relacionar com os outros. Além disso, dão sinais subtis a que se deve estar atento: por exemplo, há estudos que mostram que as pessoas depressivas mantêm menos contacto visual
e falam mais baixo ou lentamente. Podem também falar num tom monocórdico.
A sua conversação pode ser dominada por pensamentos negativos, incluindo a tristeza e o desespero.

A depressão pode também ter um impacto significativo no padrão de comportamento dos outros membros da família. Por exemplo, a depressão é muitas vezes acompanhada por um aumento das discussões conjugais. Os cônjuges de pessoas deprimidas têm tendência a ficarem frustrados com estes.
No geral, as relações das pessoas deprimidas com os seus cônjuges são caracterizadas por um maior nível de irritação e hostilidade.
Os problemas conjugais parecem ter uma forte influência no decurso da depressão. Contudo, um apoio conjugal forte, poderá resultar em melhorias mais rápidas e  duradoiras dos sintomas depressivos. De igual modo, o apoio e participação de outros familiares pode ser essencial na diminuição desses sintomas. A colaboração de todos os familiares poderá ajudá-los a lidar com os seus sentimentos e a fortalecer a sua relação.
A depressão pode também afectar a ligação entre pais e filhos. As pesquisas sugerem que os pais depressivos têm mais dificuldades em interagir com os seus filhos e poderão retirar menos prazer da paternidade. O impacto da depressão poderá ter efeitos duradoiros no bem-estar psicológico e social dos filhos.

Reconhecendo como o humor afecta as relações


O humor afecta as relações criando um padrão negativo de comportamento. Todas as tardes, depois do trabalho, Isabel costumava perguntar a seu marido Samuel, como tinha corrido o trabalho. Samuel, habitualmente, apenas queria descansar e esquecer o trabalho e por isso limitava as suas respostas a pequenas frases, como “correu bem, querida”. Isabel sentia que Samuel estava propositadamente a esconder-lhe como tinha decorrido o dia. Uma vez que a depressão encorajava os pensamentos negativos, ela começou a acreditar que ele não a achava suficientemente importante para partilhar a sua vida e passou a sentir-se rejeitada. Isto veio agravar o seu desânimo e a diminuir a sua auto-estima.

Ressentimento como resultado da sobre–compensação da pessoa depressiva.
Depois de um casamento de 10 anos, o Nuno e a Susana mudaram-se para uma nova cidade, para a qual o Nuno tinha sido transferido pela sua empresa. A Susana, que era professora, teve dificuldade em encontrar um emprego na nova cidade. Várias semanas após a mudança, começou a ficar menos activa na procura de emprego e a encontrar poucos motivos para sair de casa. Nenhum dos dois conhecia muitas pessoas na nova cidade. Mas, enquanto o Nuno se relacionava diariamente com os seus novos colegas, a Susana passava a maior parte do seu tempo sozinha e isolada.
No espaço de 6 meses, Susana passou a dormir 10 a 12 horas por dia e a queixar-se de cansaço. Foi-lhe diagnosticada uma depressão. Tentando ajudar, Nuno parou de fazer “jogging” três vezes por semana de modo a ficar em casa e apoiar a Susana.  Isto, por sua vez, fez com que ele se sentisse ressentido e zangado.

Alguns estudos têm mostrado que o envolvimento e apoio familiar pode ter grande influência no decurso da doença depressiva.
Quando apropriado, encoraje toda a família a envolver-se no processo de recuperação e, se possível, peça o apoio de amigos se os membros da família não estiverem disponíveis. Algumas famílias beneficiam da participação em terapia familiar ou aconselhamento. Trabalhar com um terapeuta pode também ajudar os casais e famílias a aprenderem estratégias de comunicação mais eficazes e a melhorar a maneira de combater a depressão em casa. Um grupo de apoio para pessoas com doença depressiva e seus familiares pode também tranquilizar e informar, assim como serem encorajados por outros que tenham vivido experiências semelhantes.

Responder à ameaça de suicídio


As pessoas com depressão têm um maior risco de suicídio.
Se um familiar com depressão expressou pensamentos suicidas, chame o seu psiquiatra imediatamente. Perante um perigo iminente, não hesite em chamar o 112 ou levar o doente deprimido à urgência. Não menospreze nem espere pura e simplesmente que a crise passe, embora seja importante não entrar em pânico nesta situação. Mantenha uma comunicação aberta com o seu familiar, colocando questões directas e que mostrem a sua preocupação. Deixe que a pessoa deprimida saiba que a vida dela é muito importante e valiosa para si. Lembre-lhe que estes pensamentos suicidas são sintomáticos de uma doença médica e que existem tratamentos disponíveis e eficazes.
Uma vez que nem sempre é possível prevenir o suicídio, torne-o mais difícil, removendo de casa armas, álcool e medicamentos desnecessários. Se um familiar depressivo tentar o suicídio, procure não atribuir culpas. Os seus sentimentos são sintomas de uma doença. Os membros da família devem procurar aconselhamento para serem ajudados perante o choque que é ter um membro da família com uma doença que pode levar ao suicídio.

Estratégias de luta para toda a Família
Quando alguém está com sintomas de depressão, a melhor forma de lidar com a doença é estar preparado. E isso significa aprender acerca da depressão e dos seus efeitos, para ajudar a compreender o que está a acontecer e desenvolver estratégias de actuação. A seguinte lista do que Deve e Não deve fazer elaborada pelo Dr. Kelsey oferece um ponto de partida. Lembre-se que nem todas as sugestões se podem aplicar a uma determinada situação particular, mas muitas vezes a ideia pode ser adaptada de modo a ajustar-se a necessidades específicas. Poderá também ser útil discutir estas sugestões com um profissional de saúde – quer o médico de família, o psiquiatra ou o terapeuta – porque ele poderá estar apto a fornecer mais ideias  ou a mostrar modos de usar estas sugestões, no seio de um ambiente familiar específico.

Deve:
Estar atento aos hábitos de dormir. O aumento ou a diminuição do sono podem ser sintomas de depressão. Alguns passos simples podem melhorar os seus hábitos de sono:
  • Mantenha horas certas para se deitar e para se levantar de manhã.
  • Reduza ou elimine a ingestão de cafeína (vigie a cafeína dos refrigerantes, café ou chá).
  • Durma num quarto fresco (o que pode ajudar ao sono).
  • Evite o exercício extenuante antes da hora de dormir.
  • Use a cama apenas para dormir ou para actividade sexual (não leia, não veja televisão ou trabalhe na cama).
Tentar fazer escolhas de vida saudáveis sempre que possível (isto ajuda a pessoa deprimida e a família a lidar com a doença).
  • Evite a ingestão de álcool.
  • Faça exercício regularmente (lembre-se de consultar um médico antes de começar um novo programa de exercícios).
  • Tenha em atenção a ingestão de comida. Muitas pessoas com depressão têm um apetite reduzido e, nestes casos, uma nutrição apropriada é essencial. Outros sentirão uma necessidade compulsiva de comida, como chocolates ou hidratos de carbono, mas depois sentem-se culpados por se permitirem estes excessos.
Reconhecer que a pessoa está doente e que o tratamento é prioritário.

Reconhecer que os sintomas da depressão podem mudar o comportamento de uma pessoa e porque a depressão é uma doença médica, a pessoa pode não ser capaz de controlar o seu comportamento mesmo após o diagnóstico da depressão ter sido feito. Todos nós sabemos que uma pessoa com uma perna partida continua a sentir dores e a ter dificuldades em andar mesmo depois do raio-x ter mostrado a causa da dor, mas podemos não nos lembrar que uma pessoa com o diagnóstico de depressão pode continuar a sentir-se mal.

Ter em atenção que o doente deprimido tem uma visão negativa da vida. A tendência para pensar que tudo é mau ou irremediável pode ser parte do estado depressivo. Os familiares necessitam de compreender e de tentar encontrar maneiras para lidar com a frustração que poderá surgir de vez em quando.

Reconhecer que os membros da família podem ter de se ajustar à partilha de responsabilidades em casa. Quando a depressão diminui a capacidade de uma pessoa no desempenho das suas tarefas em casa, os familiares poderão ter dificuldades em se adaptarem à nova situação.
Às vezes poderá ser útil tornar mais flexível a manutenção da casa e preparar refeições mais simples. O cônjuge ou os filhos poderão assegurar mais tarefas domésticas.

Reconhecer que os membros da família estão a passar por um período desgastante. Os familiares não deverão ficar surpreendidos se se sentirem mais fatigados ou menos tolerantes, uma vez que a depressão pode ser acompanhada de um aumento do nível de stress na família. Torna-se, por isso, muito importante que os familiares mantenham as suas rotinas normais e que dispensem tempo para cuidarem de si próprios.

Discutir abertamente com o médico os progressos e efeitos do tratamento.

E EM RELAÇÃO AOS FILHOS?

As crianças são muito sensíveis ao modo como os pais se relacionam um com o outro e, normalmente, sentem quando alguma coisa está errada. Além disso, muitas crianças têm uma imaginação muito activa e podem imaginar que uma situação é pior do que realmente é, ou que a depressão é por sua culpa. O doente deprimido deverá falar directamente com a criança sobre a doença ou poderá pedir a um amigo próximo ou ente querido que o faça. A idade e a maturidade emocional dos filhos deverá orientar a decisão do que deve ser dito.

Explique aos filhos o que se está a passar.


Se existirem crianças na família, reserve-lhes algum tempo para lhes explicar a situação. Um pai poderá dizer à criança: ”Tenho andado doente ultimamente, não tenho? Tenho uma doença chamada depressão. O médico está a ajudar-me a ficar melhor.  Mas, entretanto, poderei não ser capaz de passar tanto tempo contigo como gostaria. Continuo a gostar muito de ti.” Ou o companheiro poderá dar uma explicação:
“A vossa mãe está doente. Os médicos estão a ajudá-la a ficar boa, mas por vezes ela vai sentir-se triste ou mal humorada.  Não foi nada que vocês tenham feito, mas ela precisa da vossa paciência e compreensão.”

Se a criança tiver idade suficiente, ajude-a a compreender a depressão. O objectivo é deixar os filhos expressarem os seus sentimentos e fazer perguntas sobre depressão. É natural que queira proteger os seus filhos de situações dolorosas, mas é-lhes mais fácil lidar com a dor que compreendem do que com os males que imaginam. Sem conhecerem algo sobre a depressão, os filhos poderão ficar magoados ou confusos por uma aparente falta de atenção ou por pedidos e exigências descabidas.

Permita a participação da criança nas sessões de aconselhamento familiar
. Se a criança tiver idade suficiente, poderá ser útil para ela conversar com um terapeuta acerca dos seus sentimentos.
Tal poderá também servir como uma oportunidade para a criança aprender sobre a depressão.

Não Faça:

  • Não exclua a pessoa deprimida dos assuntos ou discussões familiares.
  • Não tente fazer tudo pela pessoa deprimida, embora possa parecer que é a melhor maneira de a ajudar. Embora o doente depressivo possa não ser capaz de fazer tudo, aceitar algumas responsabilidades pode melhorar a sua auto-estima. Cuidado com palavras como “deixa estar, eu faço isso”, depois da pessoa deprimida já ter iniciado a tarefa. Tente dar ao doente deprimido, pelo menos, a oportunidade de completar a tarefa.
  • Não critique ou culpe a pessoa pelo comportamento depressivo.
  • Não espere que a pessoa “saia dessa” sem mais nem menos.
  • Não tenha receio de colocar questões. Com a depressão, muitas pessoas precisam de aprender a pedir e aceitar ajuda exterior pela primeira vez nas suas vidas.
    Um médico, os hospitais, uma biblioteca e os grupos de apoio são boas fontes de informação sobre a depressão.
  • Não tome decisões importantes sobre a sua vida (casar-se ou divorciar-se, mudar de emprego ou de residência) durante uma doença depressiva, se tal for possível evitar.
  • Não tente remediar todos os maus hábitos durante a recuperação da depressão.
    À medida que os sintomas da depressão vão melhorando e o indivíduo se sente bem com as mudanças que estão a acontecer na sua vida, o doente deprimido tem uma tendência natural para pensar que é uma boa altura para deixar de fumar ou para abandonar hábitos pouco saudáveis.

MÉTODOS CONSTRUTIVOS DE LUTA

Aumente a quantidade de tempo gasto com alguém querido na realização de tarefas agradáveis. Tente fazer uma lista de pequenas acções que podem ser feitas frequentemente durante o dia e que mostram sentimentos positivos e carinhosos.  Por exemplo, diga “obrigado” após a realização de uma tarefa ou “isso estava mesmo bom”, quando algo foi bem feito. Outra boa maneira de aumentar a empatia é dar à pessoa querida um abraço ou uma palmada casual nas costas. Mas seja sincero.
Procure ser melhor ouvinte. Resuma o que a outra pessoa disse para ter a certeza que ambos se compreenderam e coloque questões para as clarificar. Um médico ou terapeuta pode ajudar esta prática familiar e melhorar estas aptidões.
Faça um esforço consciente para cooperar na resolução dos problemas. Lembre-se que as soluções em que ganham ambos são sempre melhores do que as soluções em que um cônjuge ou familiar “perde” algo do que queria. Na resolução dos problemas dever-se-á definir a questão, pensar em soluções e avaliar se essas soluções se adequam às necessidades.
Transforme a expressão de preocupação e estima pelos seus familiares num hábito. Sinta-se livre para tecer elogios e esteja atento aos aspectos positivos das pessoas que lhe estão próximas.

Encontrar ajuda e apoio
Lidar com a depressão na família pode ser um grande desafio... mas também representa uma oportunidade para as pessoas queridas se tornarem mais próximas e ganharem uma maior compreensão das forças e fraquezas de cada um. Quando um casal ou família se une para ultrapassar os tempos difíceis, todos beneficiam. Durante a recuperação, o apoio e a ajuda dos outros (fora da família) pode ser inestimável.

Referências:
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  4. Kaplan HI, Sadock BJ, Grebb JA. Mood disorders. In: Kaplan and Sadock's Synopsis of Psychiatry: Behavioral Sciences, Clinical Psychiatry. 7th ed. Baltimore: Williams & Wilkins; 1994:516-572.
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