Esquizofrenia Paranóide
Alfredo, não gostava muito de escola e estava feliz por ter concluído o colegial e conseguido um emprego. Mas, quando se deu conta de que necessitava de melhor formação para atingir seus objetivos, matriculou-se em uma faculdade próxima. Alugou uma casa com outros jovens e se aplicou nos estudos. Próximo do final do segundo ano parou de fazer as refeições com os colegas e passou a se alimentar só de enlatados, para ter certeza de que não estava sendo envenenado. Ao andar pelo campus, evitava as moças, pois achava que elas lhe lançavam teias envenenadas que envolveriam seu corpo como uma gigantesca teia de aranha. Quando começou a temer que seus colegas colocassem gás envenenado em seu quarto, abandonou a escola e voltou para casa. Limpou seu quarto e colocou uma tranca na porta, para que os pais não pudessem entrar e contaminar o recinto. Comprou um fogareiro elétrico e passou a preparar a própria comida. Se sua mãe insistisse para que fizesse uma refeição com a família, ele a acusava de tentar envenená-lo. Seus pais finalmente conseguiram convencê-lo a procurar um psiquiatra que diagnosticou “esquizofrenia paranóide” Com medicamentos, terapia individual e de grupo. Alfredo melhorou o suficiente para trabalhar em um escritório sob a supervisão de um chefe compreensivo e encorajador.
Idéias e comportamento paranóides são características de uma forma de esquizofrenia chamada esquizofrenia paranóide. Indivíduos que sofrem de esquizofrenia paranóide normalmente são acometidos de delírios extremamente bizarros ou alucinações, quase sempre sobre um tema especifico. Freqüentemente ouvem vozes que outros não podem ouvir ou acreditam que seus pensamentos estão sendo controlados ou divulgados em voz alta. Além disso, seu desempenho em casa e no emprego se deteriora, muitas vezes com um grau menor de expressividade emocional.
Por outro lado, as pessoas com distúrbio delirante paranóide relativamente mais discreto podem ter sintomas como delírios persecutórios ou de ciúmes, mas não as alucinações acentuadas ou impossíveis e os delírios bizarros da esquizofrenia paranóide. Tais pessoas geralmente podem trabalhar e seu comportamento e expressão emocional são coerentes com o tema de seus delírios. Excetuando os delírios, seu pensamento permanece sistematizado e lógico, ao contrário das pessoas com esquizofrenia paranóide, que com freqüência, têm o pensamento desorganizado e confuso.
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