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sábado, 14 de janeiro de 2012

O Picking ou Conduta Auto-Lesiva ou Escoriação Neurótica é caracterizado por uma repetição crônica de:

 
  • Tocar
  • Coçar
  • Cutucar
  • Arranhar
  • Furar
  • Escoriar
determinadas regiões da pele, de modo tão intensivo ou repetitivo que acaba provocando o aparecimento de feridas cicatrizes, descolorações na pele.
O paciente pode passar horas no banheiro, por exemplo examinando a pele, procurando pequenas imperfeições, bolinhas, pedacinhos de pele, pelos e arrancando, coçando, cutucando, furando.
A maioria dos casos de Picking é um transtorno isolado sem outros problemas psiquiátricos, mas ele pode ser um sintoma de outras doenças, como por exemplo:
  • Doenças de pele
  • Doenças auto-imunes
  • Transtorno Dismórfico Corporal ou Dismorfia Corporal ou Transtorno Somatoforme Corporal
  • Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC ou DOC)
  • Sintomas de abstinência de drogas opióides Autismo
  • Psicose (por exemplo, Esquizofrenia)
  • Comportamentos auto-mutilantes ou auto-agressivos que existem, por exemplo, no Transtorno de Personalidade Borderline
  • Tricotilomania (mania de arrancar cabelos)
Quando o Picking faz parte de uma dessas doenças, o tratamento delas está em primeiro plano.
Desenvolvimento do Picking:
Geralmente começa com uma ferida na pele, que a pessoa coça, aí coça de novo, acaba não deixando cicatrizar. 
Com o tempo começa a ter uma sensação localizada de coceira ou de necessidade de se cutucar. Aos poucos começa a sentir que em determinadas situações mais ansiosas ou estressadas da vida essas coceiras ou escoriações passam a ser uma válvula de escape para as tensões. O Picking costuma se manifestar quando a pessoa está ansiosa, quando está se sentindo com monotonia e para muitas pessoas traz uma sensação de prazer. Justamente isso faz com que ele nunca passe e acabe produzindo lesões visíveis de pele.
É comum pessoas portadoras de Picking ou Conduta Auto-Lesiva ou Escoriação Neurótica usarem roupas fechadas e mangas compridas mesmo no calor.


Tratamento
Quando o Picking é um sintoma de outra doença, esta doença deve ser tratada de modo apropriado e ele deve passar.
Quando o Picking é a doença em si, um conjunto de tratamentos pode ajudar:
  • Terapia Cognitivo - Comportamental (TCC), que é uma forma de Psicoterapia bem diferente da psicanálise. Na página Trocotilomania existe uma descrição da TCC.
  • Medicação: ajuda muito. Em geral se usa neurolépticos e/ou antidepressivos.
  • O uso de luvas finas (tipo luvas de golfe) ou de esparadrapo (Micropor) nas pontas dos dedos também pode ajudar. Quando a pessoa consegue se cutucar, ela está perpetuando o Picking, quando ela não consegue (porque as pontas dos dedos estão cobertas), ela começa a se descondicionar desse comportamento. É o mesmo que ocorre no tratamento do Transtorno obsessivo compuçsivo. 
  • O paciente precisa estar muito motivado para se tratar. As outras pessoas não entendem, mas que sofre de Picking sente um grande prazer em se cutucar, arranhar, arrancar casquinhas, etc.,

Síndrome das Perna Inquietas ou Síndrome das Pernas Intranqüilas





Sintomas:

  • Necessidade de mover as pernas, com sensações desconfortáveis de queimação, dormência, formigamento, coceira, cãibras, dores, repuxamentos.
  • Alívio parcial ou total do desconforto ao andar, movimentar ou alongar as pernas.
  • Início ou piora dos sintomas quando em repouso ou inatividade (sentada ou deitada).
  • Início ou piora no final do dia ou à noite.
  • Cansaço e sonolência durante o dia (o sono não é reparador).

Causas mais freqüentes:

  • Stress, ansiedade, preocupações
  • Gravidez
  • Obesidade
  • Anemia
  • Insuficiência renal
  • Aumento de Uréia
  • Doença de Parkinson
  • Neuropatia periférica
  • Mais parentes com a mesma síndrome
  • Alguns Antidepressivos, principalmente os Inibidores de recaptação de Serotonina (Anafranil, Aropax, Cebrilin, Pondera, Paxan,  Cipramil, Prometax, Lexapro, Daforin, Eufor, Luvox, Prozac, Tolrest, Verotina, Zoloft, etc.) e o Efexor ou Venlift (Venlafaxina)
  • Neurolépticos
  • Outros Distúrbios do Sono (por exemplo Apnéia do Sono, Distúrbios do Sono REM, Narcolepsia)
 Tratamento:
  • Eliminar as causas, quando possível.
  • Trocar o medicamento que está provocando as Pernas Inquietas.
  • Medicação específica.
  • A melhora costuma vir muito rápido, coisa de poucos dias. É um problema de tratamento bastante fácil na maioria das vezes.

Narcolepsia




A Narcolepsia é um distúrbio crônico caracterizado por ataques súbitos, inevitáveis, incontroláveis e inadequados de sono.
É uma condição genética na qual a orexina (ou hipocretina, um neurotransmissor estimulante) não é produzida em quantidade suficiente pelas células de um pequeno núcleo do hipotálamo.
Existe maior incidência em algumas famílias. Isso não quer dizer que todos os narcolépticos terão filhos narcolépticos.
Sintomas:
  • Sonolência Excessiva Diurna (que não é uma doença, é a manifestação de algum problema) mesmo tendo dormido bem na noite anterior. O paciente simplesmente adormece, não importa se conversando, trabalhando, dirigindo, etc. Os ataques são repentinos e repetidos durante o dia. A SED ocorre em praticamente todos os casos de Narcolepsia.
  • Cataplexia (em 60 a 90% dos casos). Significa uma perda súbita de força muscular. Pode afetar pequenos grupos de músculos (joelhos, faciais, pescoço, fala) até o corpo todo, provocando queda. São geralmente desencadeados por situações emocionais, por exemplo risada, surpresa, euforia, tristeza, constrangimento, orgasmo. Geralmente o paciente tem consciência que do que está acontecendo, embora não consiga falar nem se movimentar. A Cataplexia pode surgir dos 15 aos 30 anos e costuma provocar pelo menos um ataque por dia.
  • Alucinações hipnagógicas (ao adormecer) e hipnopômpicas (ao despertar) são muito vívidas. Podem ser muito assustadoras porque a pessoa sabe que está acordada mas está sonhando como se estivesse dormindo.
  • Paralisia do sono. É uma incapacidade total de se mover e falar pouco antes de adormecer e mais freqüentemente ao despertar. A pessoa só consegue mexer os olhos. É aterradora porque pode vir acompanhada das alucinações. Dura de segundos a minutos.
OBS.: a Paralisia do Sono e as Alucinações Hipnagógicas e Hipnopômpicas podem acontecer sem Narcolepsia. O tratamento costuma ser simples e rápido.
Tratamento da Narcolepsia:
  • Melhorar a higiene do sono
  • Adaptar ambiente profissional, doméstico etc. de modo que em caso de queda não ocorram ferimentos
  • Os medicamentos chamados de Estimulantes costumam trazer melhora bem rápida.

Teste: Como saber se estou com depressão?


1. Como anda o seu humor ultimamente?
(0). Tranqüilo
(1). Irritado
(2). Mal humorado impaciente e ansioso
(3). Triste, pessimista e desesperançado
(3). Vejo tudo negro e sem saída

2. Você tem sentimentos de culpa?
(0). raramente
(1). às vezes acho que falho muito
(2). sinto que vou decepcionar as pessoas
(3). arrependo-me de erros passados e fico pensando neles
(4). o que está acontecendo é um castigo

3. Você já teve idéias de morte?
(0). raramente
(1). acho tudo muito chato
(2). sinto a vida pesada e que não vale à pena
(3). já pensei em suicídio
(4). já tentei o suicídio

4.Você tem dificuldade para adormecer?
(0). não
(1). de vez em quando
(2). sempre

5. Você acorda durante a noite?
(0). nunca
(1). sono agitado
(2). acordo freqüentemente

6.Você acorda cedo demais?
(0). nunca
(1). acordo de madrugada, mas volto a dormir
(2). acordo e não volto mais a dormir

7.Você é preguiçoso?
(0). nunca
(1). sou preguiçoso e acomodado
(2). sinto-me fraco e tudo requer um grande esforço
(3). perdi do interesse e produzo muito menos
(4). não faço mais nada

8. Você tem dificuldades para se concentrar?
(0). raramente
(1). sou dispersivo e me perco em meus pensamentos
(2). só penso em meus problemas
(3). não consigo mais ver filmes ou TV
(4). nada me importa

9. Você é inquieto?
(0). raramente
(1). vivo mexendo em alguma coisa
(2). brinco com as mãos, com o cabelo
(3). torço as mãos, rôo as unhas, mordo os lábios
(4). não paro quieto, me dá aflição

10. Você se sente nervoso irritado?
(0). raramente
(1). de vez em quando
(2). vivo tenso e quase sempre estou preocupado
(3). tenho medo de que algo ruim possa acontecer
(4). sinto-me apavorado

11. Você tem sintomas físicos (batedeira,boca seca,dor de cabeça,gazes,cólicas,etc.)?
(0). raramente
(1). às vezes
(2). tenho sintomas físicos freqüentes
(3). constantemente
(4). vários sintomas diariamente

12. Como esta o seu apetite?
(0). bom
(1). como forçado, mas como
(2). tenho comido bem menos
(3). como muito pouco
(4). quase não como

13. Como esta a sua sexualidade?
(0). normal
(1). teve uma pequena diminuição
(2). diminuiu bastante
(3). não quero saber mais de sexo

14. Você se preocupa com a sua saúde?
(0). não
(1). pouca coisa
(2). sou cismado e adoro ir a farmácia
(3). sou uma pessoa muito doente

15. Você andou perdendo peso?
(0). não
(1). pouca coisa
(2). mais de 3 kg
(3). bastante

16. Você acha que está deprimido?
(0). pode ser
(1). É difícil de aceitar
(2). o problema é de outra origem, não emocional
(3). de jeito nenhum

17. O seu humor muda durante o dia?
(0). raramente
(1). pouca coisa
(2). bastante
(3). meu melhor horário é quando o dia acaba

18. Você se sente longe, distante, fora de seu eu?
(0). não
(1). raramente
(2). de vez em quando
(3). bastante
(4). sempre

19. Você se sente perseguido, acuado?
(0). nunca
(1). sou meio encanado
(2). as coisas não me favorecem
(3). às vezes acho que o mundo esta contra mim
(4). totalmente!

20. Você tem manias ou pensamentos recorrentes?
(0). raramente
(1). tenho algumas manias
(2). tenho varias manias e alguns pensamentos fixos
(3). sou cheio de manias e tenho pensamentos fixos

Resultado Some os resultados das suas respostas!
mais de 50: “Seu caso é delicado você precisa procurar um tratamento urgente”
entre 32 e 50: “Você tem uma depressão importante. Vale a pena se tratar!”
entre 18 e 32: “A depressão já esta começando, você deve tratar senão poderá piorar”
entre 5 e 18: “Você não tem depressão, mas alguma coisa acontece!”
até 5: “Você é uma pessoa equilibrada”

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Uma grande aflição - Síndrome do Pânico


O transtorno - ou síndrome - do Pânico é caracterizado por crises intensas, repentinas e graves de ansiedade e medo. Geralmente são acompanhadas de vários sintomas físicos como palpitações, respiração rápida ou sensação de asfixia, visão turva, tonturas e sentimentos de irrealidade (despersonalzção ou desrealização). 

Existe além desses, um constante sentimento de medo de morrer, de perder o autocontrole ou de ficar louco.
O ataque de pânico deve ocorrer de forma inesperada (espontâneo, não evocado, "vindo do nada"), sem associação a um ativador situacional (um objeto ou uma situação qualquer do dia a dia). Pelo menos dois ataques de pânico são necessários para o diagnóstico, mas a maioria dos indivíduos tem um número consideravelmente maior de ataques.
Ataques ligados a determinadas situações ou objetos podem ocorrer, mas são menos comuns.

Há uma preocupação intensa acerca do próximo ataque de pânico, podendo levar ao desenvolvimento de um comportamento de esquiva que pode satisfazer os critérios sintomáticos para agarofobia.


  

O diagnostico neste caso passa a ser Transtorno de Pânico com Agorafobia. Embora a Agorafobia possa desenvolver-se a qualquer momento, seu início se dá geralmente durante o primeiro ano da ocorrência dos ataques de pânico. O curso da Agorafobia e seu relacionamento com o curso dos Ataques de Pânico são variáveis. Em alguns casos, uma diminuição ou remissão dos Ataques de Pânico pode ser seguida por uma diminuição correspondente na esquiva e ansiedade agorafóbicas.
O transtorno depressivo agudo  é outro transtorno que ocorre com frequência (50-65%) em indivíduos com Transtorno de Pânico. Em aproximadamente um terço das pessoas com ambos os transtornos, a depressão precede o início do Transtorno de Pânico. Nos dois terços restantes, a depressão ocorre ao mesmo tempo ou após o início do Transtorno de Pânico.
A idade de início para o Transtorno de Pânico varia muito, sendo mais típica em indivíduos que estão na fase final da adolescência e adultos na faixa dos 30 anos. Apenas um pequeno número de casos começa na infância, e o início após os 45 anos é bastante incomum, mas pode ocorrer.
O curso habitual é crônico, porém flutuante. Alguns indivíduos podem ter surtos episódicos com anos de remissão neste intervalo, e outros, podem ter uma sintomatologia severa contínua.

Critérios Diagnósticos para Síndrome do Pânico

  • Ataques de Pânico recorrentes e inesperados.
  • Pelo menos um dos ataques foi seguido por um mês (ou mais) de uma (ou mais) das seguintes características:
    - preocupação persistente acerca de ter ataques adicionais.
    - preocupação acerca das implicações do ataque ou suas consequências (por ex., perder o controle, ter um ataque cardíaco, "ficar louco").
    - uma alteração comportamental significativa relacionada aos ataques.
  • Ausência ou presença de Agorafobia.
  • Os Ataques de Pânico não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., droga de abuso, medicamento) ou de uma condição médica geral (por ex., hipertiroidismo).
  • Os Ataques de Pânico não são melhor explicados por outro transtorno mental, como
    - Fobia Social (por ex., ocorrendo quando da exposição a situações sociais temidas),
    - Fobia Específica (por ex., ocorrendo quando da exposição a uma situação fóbica específica),
    - Transtorno Obsessivo-Compulsivo (por ex., quando da exposição à sujeira, em alguém com uma obsessão de contaminação),
    - Transtorno de Estresse Pós-Traumático (por ex., em resposta a estímulos associados a um estressor severo) ou
    - Transtorno de Ansiedade de Separação (por ex., em resposta a estar afastado do lar ou de parentes queridos).

Fonte: http://www.galenoalvarenga.com.br/

Cocaína (dependência)

Sintomas
A cocaína aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca e pode causar um infarto do miocárdio letal, mesmo em atletas jovens e saudáveis. Outros efeitos incluem a constipação; a lesão intestinal; o nervosismo extremo; a sensação de que algo está se movendo sob a pele (bichos da cocaína), o que é um sinal de uma possível lesão nervosa; crises convulsivas; alucinações; insônia; delírios paranóides e comportamento violento. O droga-adido pode representar um perigo para si próprio e para terceiros. Como os efeitos da cocaína duram apenas cerca de 30 minutos, o droga-adido toma doses repetidas. Para reduzir parte do extremo nervosismo causado pela cocaína, muitos droga-adidos também usam heroína ou outra substância depressora do sistema nervoso, como o álcool.

As mulheres com adição à cocaína que engravidam apresentam uma maior probabilidade de abortar, em comparação a grávidas não usuárias de drogas. Se ela não abortar, o feto poderá apresentar danos causados pela cocaína, que passa facilmente do sangue materno para o fetal. As crianças geradas por mulheres droga-adidas podem apresentar padrões de sono anormais e má coordenação. Elas podem apresentar retardo no desenvolvimento (engatinhar, andar e falar), mas isto pode ser decorrente de deficiências nutricionais, cuidados pré-natais deficientes e abuso de outras drogas por parte da mãe. 



Com o uso diário, a tolerância à cocaína ocorre rapidamente. As reações de abstinência incluem a fadiga extrema e a depressão – o oposto dos efeitos da droga. Quando o indivíduo interrompe o uso da droga, ele pode apresentar ânsias de suicídio. Após alguns dias, quando as forças físicas e mentais são recuperadas, o droga-adido pode tentar o suicídio. Como ocorre com o uso intravenoso de heroína, muitas doenças infecciosas, inclusive a hepatite e a AIDS, são transmitidas quando os adidos à cocaína compartilham agulhas não esterilizadas.
 
Diagnóstico



O uso de cocaína é evidenciado pela hiperatividade, dilatação pupilar e aumento da frequência cardíaca. A ansiedade e o comportamento errático, grandioso e hipersexual são evidentes no consumo em maior quantidade. Frequentemente, observa-se a paranóia naqueles que são encaminhados aos serviços de emergência. O consumo de cocaína pode ser confirmado por meio de exames de urina e de sangue.

Fonte:http://www.msd-brazil.com/msdbrazil/patients/manual_Merck/mm_sec7_92.html

O que é a bulimia?








É o transtorno alimentar caracterizado por episódios recorrentes de "orgias alimentares", no qual o paciente come num curto espaço de tempo grande quantidade de alimento como se estivesse com muita fome. O paciente perde o controle sobre si mesmo e depois tenta vomitar e/ou evacuar o que comeu, através de artifícios como medicações, com a finalidade de não ganhar peso.


Generalidades
Existe uma tendência popular em achar que a bulimia é o contrário da anorexia. A rigor o contrário da anorexia seria o paciente achar que está muito magro e precisa engordar, vai ganhando peso, tornando-se obeso e continua a julgar-se magro e continua comendo. Isso seria o oposto da anorexia, mas tal quadro psiquiátrico não existe. Na bulimia o paciente não quer engordar, mas não consegue conter o impulso para comer por mais do que alguns dias. O paciente com bulimia tipicamente não é obeso porque usa recursos extremos para eliminar o excesso ingerido. Enquanto a comunidade psiquiátrica mundial não reconhecer o binge como uma patologia à parte seremos obrigados a admitir que há 2 tipos de pacientes com bulimia: os que tentam eliminar o excesso ingerido por vômitos ou laxantes e os pacientes bulímicos que não fazem isso e acabam engordando, esse segundo tipo pode vir a constituir num outro transtorno alimentar, o Binge.  



Os pacientes com bulimia geralmente apresentam 2 a 3 episódios por semana, o que não significa que no resto do tempo esteja bem. Na verdade esses episódios só não são diários ou mesmo mais de uma vez ao dia porque o paciente está constantemente lutando contra eles. Esses pacientes pensam em comer o tempo todo. A média de fracassos na tentativa de conter o impulso são duas vezes por semana.

Como é o bulímico?
Basicamente é um pacient
reconhece o absurdo de seu comportamento,e com vergonha de seu problema, com sentimento de inferioridade e auto-estima baixa. O paciente  mas por não conseguir controlá-lo sente-se inferiorizado, incapaz de conter a si mesmo, por isso vê a si como uma pessoa desprezível. Procura esconder dos outros seus problemas para não o desprezarem também. Os pacientes bulímicos geralmente estão dentro do seu peso ou um pouco acima. Tentativas de dieta estão sempre sendo realizadas. Tentativas de adaptar os afazeres e compromissos rotineiros com os episódios de ingestão e auto-indução de vômito tornam seu estilo de vida bizarro, pois os episódios devem ser feitos às escondidas, mesmo das pessoas íntimas. Uma alternativa para a manutenção de seu problema escondido é a opção pelo isolamento e distanciamento social, que por sua vez gera outros problemas. Assim como a anorexia, a Bumilia geralmente ocorre no adolescente, predominantemente nas mulheres. Os assuntos das conversas preferidos são relacionados a técnicas de emagrecimento. É comum o comportamento de esconder alimentos para futuros episódios.
 


É interessante notar que a bulimia não constitui uma completa perda do controle. O paciente consegue planejar seus episódios, esperar para ficar sozinho e guardar alimentos, por exemplo. Essa incapacidade parcial é intrigante para os leigos. Muitas vezes os maridos das pacientes julgam que a paciente faz tudo porque quer e critica a esposa aumentando sua culpa. Essa atitude deve ser evitada, pois além de não ajudar, atrapalha diminuindo ainda mais a auto-estima da paciente que sucumbe aos esforços por tratar-se. A bulimia muitas vezes sucede aos episódios de anorexia.

Tratamento
Os antidepressivos tricíclicos já foram testados e apresentaram respostas parciais, ou seja, os pacientes melhoram, mas não se recuperam completamente. Carbamazepina e lítio também foram testados com uma resposta ainda mais fraca. Os antidepressivos IMAO também apresentam uma melhora similar a dos tricíclicos, porém melhor tolerado pelos pacientes por terem menos efeitos colaterais. Mais recentemente os antidepressivos inibidores da recaptação da serotonina vêem sendo estudados com boas respostas, mas não muito superiores às dos tricíclicos. Os estimulantes por inibirem o apetite também apresentaram bons resultados, mas há poucos estudos a respeito para se embasar uma conduta terapêutica.
Muitos pacientes só com psicoterapias apresentam remissão completa. Não há uma abordagem especialmente recomendada. Pode-se indicar a psicanálise, a terapia cognitivo-comportamental, terapias de grupo, grupos de auto-ajuda, psicoterapias individuais.
 
Problemas Clínicos
Os repetidos episódios de auto-indução do vômito geram problemas noutros sistemas do corpo. Ao se vomitar não se perde apenas o que se comeu, mas os sucos digestivos também. Isso pode acarretar desequilíbrio no balanço dos eletrólitos no sangue, afetando o coração, por exemplo, que precisa de um nível adequando dessas substâncias para ter seu sistema de condução elétrica funcionante. As repetidas passagem do conteúdo gástrico (que é muito ácido) pelo esôfago acabam por ferí-lo podendo provocar sangramentos. 
Casos extremos de rompimento do estômago devido ao excesso ingerido com muita rapidez já foram descritos várias vezes. O intestino grosso pode sofrer conseqüências pelo uso repetido de laxantes como constipação crônica, hemorróidas, mal estar abdominal ou dores. 

Nos dias atuais, o culto ao corpo perfeito acaba influenciando pessoas, principalmente mulheres, a usarem de todo e qualquer artifício para se manterem magras. A bulimia é um transtorno alimentar que se caracteriza pela ingestão de uma grande quantidade de alimentos, geralmente ricos em calorias, seguida por métodos compensatórios. Esses métodos compensatórios podem ser: o uso de laxantes ou diuréticos, a prática de exercícios físicos intensos ou a indução do vômito. Pessoas que apresentam esse transtorno alimentar geralmente têm peso normal e seguem dietas severas. Além disso, alguns fazem jejuns rigorosos e ingerem anorexígenos, medicamentos que diminuem o apetite e causam agitação, dependência e inúmeros efeitos indesejáveis.

A bulimia e a anorexia são diferentes. Na bulimia ocorre a compulsão por alimentos seguida por métodos compensatórios. Na anorexia a pessoa deixa de se alimentar, perdendo peso rapidamente, chegando às vezes a um estado de desnutrição severa que pode levar à morte.
Geralmente a pessoa bulímica tem baixa autoestima e obsessão com o peso e a forma de seus corpos. Quando autoinduzem o vômito, o fazem às escondidas.

Arritmias cardíacas, inflamação da garganta e glândulas salivares, sangramento do esôfago, problemas gastrintestinais, cáries e desidratação são comuns em pacientes com bulimia. Alguns pacientes podem apresentar também fadiga, desmaios, ressecamento da pele, irregularidade ou perda da menstruação, constipação, oscilações de humor e depressão.
A bulimia pode ser causada por fatores psicológicos, biológicos, familiares e culturais (como o culto ao corpo perfeito). Geralmente a pessoa que tem bulimia esconde isso dos familiares por ter vergonha de seus ataques compulsivos por comida, e julga esse comportamento como uma falta de controle próprio, o que ajuda na baixa autoestima.
A bulimia tem cura e seu tratamento consiste em medicamentos antidepressivos, hábitos alimentares saudáveis e terapia individual ou em grupo.

Paula Louredo
Graduada em Biologia



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