Os componentes que determinam a conduta das pessoas, quando estas contraem alguma doença.
Por Arthur Beltrame Ribeiro
O convívio com o próprio corpo, principalmente quando alguma doença o acomete, é um processo bastante complexo, A conduta que as pessoas assumem, quando doentes, depende de pelo menos três componentes. O comportamento biológico, o mais "material", é representado por uma predisposição genética a desenvolver determinada moléstia. A hipertensão arterial, por exemplo, é mais freqüente em filhos de pais hipertensos. Já os componentes psíquicos, como a depressão, são muito importantes na amplificação dos sintomas e, em alguns casos, na indução de queda da resistência imunológica às infecções.
Um exemplo bem didático do poder da mente sobre o corpo é a pseudociese, ou falsa gravidez. O desejo de certas mulheres de engravidar é tão grande que no seu corpo se processam as alterações orgânicas que acompanham a gravidez real. Há, finalmente, o componente social, que se manifesta em estresses variados, resultantes de pressões no trabalho ou da perda de uma pessoa querida. A combinação desses componentes resultará nas manifestações da doença, que deve, assim, ser encarada no contexto biopsicossocial do paciente. Vários padrões de comportamento se configuram na comunicação dos sintomas ao, médico, durante a consulta. Um aspecto importante, que bem exemplifica a influência do social, é a aceitação da necessidade de procurar ajuda médica, de expor os problemas no consultório.
As mulheres, em geral, são mais conscientes da necessidade de cuidar da saúde, de entender o processo que as está acometendo. Procuram, então, o auxílio médico e com isso, muitas vezes, evitam maiores sofrimentos. Já os homens procuram negar ou minimizar seus problemas de saúde. Freqüentemente chegam ao consultório com problemas que ocorrem há anos e foram ignorados. Um paciente com hipertensão arterial só busca tratamento quando o coração já está afetado, tornando o tratamento mais difícil. Há várias explicações para essa diferença de comportamento diante da doença, mas é certo que aquele velho preconceito de que "homem não chora" é uma das mais importantes. Mas as doenças não ocorrem em função da vontade, nem desaparecem se a pessoa for forte. Essa atitude transforma os homens em vítimas do seu próprio machismo.
É natural ter medo das doenças. Portanto, ir ao médico sempre representa um estresse. O que será que ele vai dizer? Que remédios terei de tomar? Vou precisar de cirurgia? Ficarei curado? Tais inquietações são normais e habitualmente suportáveis. Há, porém, situações em que as condições psíquicas do paciente podem levar a quadros anormais e até mesmo muito perigosos. Todos conhecemos alguém com "mania de doença". Basta tomar conhecimento de que alguma pessoa contraiu determinada moléstia, e lá vai ele ao médico com os mesmos sintomas.
Quando essa tendência a ficar doente é exagerada, nosso conhecido estará sofrendo de hipocondria. O hipocondríaco tem preocupação exagerada com as funções do próprio corpo e um medo mórbido de ser acometido por doença grave. A causa da hipocondria não é bem conhecida, mas parece decorrer de uma forma particular de organização do caráter da pessoa, que leva àquela preocupação exagerada com o corpo. Por isso o hipocondríaco deve procurar ajuda psiquiátrica.
Mais raramente, o paciente simula doenças induzindo médicos a tratamentos complexos e até a cirurgias desnecessárias. Nesses casos, o paciente auto-induz sua moléstia (au-to-infectando-se, por exemplo), devido a conflitos psíquicos graves. Evidentemente, ele requer acompanhamento psiquiátrico permanente. São muitos, portanto, os fatores que determinam as respostas às doenças. Todas as pessoas são, ao mesmo tempo, senhoras e vítimas dessas forças. Serenidade e confiança no apoio médico são essenciais para que possam vencer seus medos e receios.
O convívio com o próprio corpo, principalmente quando alguma doença o acomete, é um processo bastante complexo, A conduta que as pessoas assumem, quando doentes, depende de pelo menos três componentes. O comportamento biológico, o mais "material", é representado por uma predisposição genética a desenvolver determinada moléstia. A hipertensão arterial, por exemplo, é mais freqüente em filhos de pais hipertensos. Já os componentes psíquicos, como a depressão, são muito importantes na amplificação dos sintomas e, em alguns casos, na indução de queda da resistência imunológica às infecções.
Um exemplo bem didático do poder da mente sobre o corpo é a pseudociese, ou falsa gravidez. O desejo de certas mulheres de engravidar é tão grande que no seu corpo se processam as alterações orgânicas que acompanham a gravidez real. Há, finalmente, o componente social, que se manifesta em estresses variados, resultantes de pressões no trabalho ou da perda de uma pessoa querida. A combinação desses componentes resultará nas manifestações da doença, que deve, assim, ser encarada no contexto biopsicossocial do paciente. Vários padrões de comportamento se configuram na comunicação dos sintomas ao, médico, durante a consulta. Um aspecto importante, que bem exemplifica a influência do social, é a aceitação da necessidade de procurar ajuda médica, de expor os problemas no consultório.
As mulheres, em geral, são mais conscientes da necessidade de cuidar da saúde, de entender o processo que as está acometendo. Procuram, então, o auxílio médico e com isso, muitas vezes, evitam maiores sofrimentos. Já os homens procuram negar ou minimizar seus problemas de saúde. Freqüentemente chegam ao consultório com problemas que ocorrem há anos e foram ignorados. Um paciente com hipertensão arterial só busca tratamento quando o coração já está afetado, tornando o tratamento mais difícil. Há várias explicações para essa diferença de comportamento diante da doença, mas é certo que aquele velho preconceito de que "homem não chora" é uma das mais importantes. Mas as doenças não ocorrem em função da vontade, nem desaparecem se a pessoa for forte. Essa atitude transforma os homens em vítimas do seu próprio machismo.
É natural ter medo das doenças. Portanto, ir ao médico sempre representa um estresse. O que será que ele vai dizer? Que remédios terei de tomar? Vou precisar de cirurgia? Ficarei curado? Tais inquietações são normais e habitualmente suportáveis. Há, porém, situações em que as condições psíquicas do paciente podem levar a quadros anormais e até mesmo muito perigosos. Todos conhecemos alguém com "mania de doença". Basta tomar conhecimento de que alguma pessoa contraiu determinada moléstia, e lá vai ele ao médico com os mesmos sintomas.
Quando essa tendência a ficar doente é exagerada, nosso conhecido estará sofrendo de hipocondria. O hipocondríaco tem preocupação exagerada com as funções do próprio corpo e um medo mórbido de ser acometido por doença grave. A causa da hipocondria não é bem conhecida, mas parece decorrer de uma forma particular de organização do caráter da pessoa, que leva àquela preocupação exagerada com o corpo. Por isso o hipocondríaco deve procurar ajuda psiquiátrica.
Mais raramente, o paciente simula doenças induzindo médicos a tratamentos complexos e até a cirurgias desnecessárias. Nesses casos, o paciente auto-induz sua moléstia (au-to-infectando-se, por exemplo), devido a conflitos psíquicos graves. Evidentemente, ele requer acompanhamento psiquiátrico permanente. São muitos, portanto, os fatores que determinam as respostas às doenças. Todas as pessoas são, ao mesmo tempo, senhoras e vítimas dessas forças. Serenidade e confiança no apoio médico são essenciais para que possam vencer seus medos e receios.
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