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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

DEPRESSÃO E SUICÍDIO




1. Em algum momento todo o depressivo sente vontade ou fala em morte, suicídio. Dos pacientes que sofrem depressão, quanto realmente atentam contra a sua própria vida?

Em média 50% dos pacientes com depressão tentam o suicídio. Segundo nossas pesquisas e as estatísticas extraídas do Grupo de apoio a depressivos 74% dos pacientes com depressão pensam na morte, ou tem vontade de morrer visando encontrar alívio para seus sofrimentos. Isto varia de acordo com a intensidade da crise.


2. O suicida é alguém corajoso por ir de encontro a morte (coisa que quase todo mundo teme) ou é um covarde por tirar a própria vida?

As duas coisas dependem do ponto de vista e da cultura em que o indivíduo está inserido. Existem dois tipos básicos de suicidas, os que se matam por uma patologia, geralmente ligada a uma doença mental (em especial a depressão), e os que são suicidas por razões ideológicas e religiosas. Estes últimos em seu habitat social são vistos como mártires, heróis como os Kamikazes da segunda guerra mundial por exemplo. Isto nos confunde muito pois é preciso ter coragem para fugir da vida... tenho publicado um estudo profundo sobre isto no site: www.olhosalma.com


3. Pode-se falar que exista um perfil das pessoas com tendências suicidas? Qual seria este perfil?

 Geralmente pessoas com desequilíbrio mental e afetivo severos, pessoas com depressão e desesperadas com humor instável e com forte tendência agressiva para consigo própria.

4. Como a família deve agir diante de um integrante que se mostra com tendências suicidas?

Sempre que encontrarmos uma pessoa com tendência auto- destrutiva seja de nossa família ou não, deveremos a encaminhar a um especialista com urgência. Esta não é uma área em que podemos brincar ou ficar apáticos. O amanhã pode ser tarde demais...


5. Como é feito o tratamento destas pessoas através da psicologia?

Pela saúde mental de base analítica, na psicoterapia de abordagem humanista utilizamos um modelo de intervenção em crise por nós desenvolvido aplicando a fenomenologia, que inclusive interessou a chefia do corpo de bombeiros na época. Temos aqui na região uma ong que atua com uma equipe de mais de 70 profissionais em regime interdisciplinar. Atendemos mais de 6 mil pacientes e graças a Deus até hoje não perdemos ninguém.


6. Grupos de apoios são importantes nessa recuperação?

 Sim se tiverem uma metodologia adequada.

7. Alguém que já tentou ou fala muito em suicídio, sempre vai ter esse comportamento ou existe cura para a vontade de morrer?

Existe cura como existe cura para a depressão para isto há de se fazer o tratamento adequado.

8. Como é desenvolvido o trabalho nos grupos de apoio a depressivos quanto à questão do suicídio? Existe um grupo específico para quem tentou o suicídio ou apresenta tendências suicidas?

Não há necessidade de um grupo específico, mas de uma psicoterapia profunda aplicada em concomitante ao tratamento. Geralmente o emprego de medicamentos ocorre junto.


9. Quem desejar participar de algum dos grupos de apoio a depressivos do Instituto Olhos da Alma Sã o que deve fazer?



Gostaria de acrescentar que boa parte das pessoas que colocam fim a própria vida o fazem por desespero, por não encontrarem solução para seus problemas. Jamais retire de uma pessoa sua esperança e a fé de que um dia ela pode melhorar. Vi muitos casos de pessoas que se matarão por receberem um diagnóstico errado ou um péssimo prognóstico. Devemos buscar ter mais amor por nossos pacientes.

Por Jorge Monteiro de Lima 

1 comentários:

byClaudioCHS disse...

Tratado sobre o suicídio
Decididamente: eu não admiro os enforcados.
Estar ali, pendurado
instalação surreal
arte macabra, inusitada
lentos movimentos
cronometrando o tempo
emulando pêndulos
que não estimulam o gênio
de Galileus ou Galileis.
Afora o trabalho que dá
muitos elementos a considerar
precisa-se de uma corda
um banquinho bem alto
uma viga para amarrar a corda.
Massa corpórea
vezes altura do banquinho
vezes comprimento da corda
vezes pressão atmosférica
vezes força da gravidade
vezes alinhamento de Marte com Saturno
vezes cotação do dólar:
haverá na física uma fórmula
que possa livrar o suicida
da tortura do último cálculo?
Não, essa forma não me cabe
imagino o desconforto
não gosto que nada aperte-me o pescoço
afrouxo a gravata nos dias ensolarados.
Um tiro na cabeça é outra forma de despedir-se
os neurônios remanescentes nem tem tempo de reagir
mas... descarto...
meu ouvido é sensível
não quero levar para o além o cheiro da pólvora
nem o eco do estampido
do último tiro
disparado próximo ao ouvido.
Outros preferem saltar de edifícios
executam evoluçoes aéreas até que mergulham em lagos de granito
A turba está agitada,
não é todo dia que se assiste um suicídio
A área é isolada,
alguém empunha uma faixa
"Por favor, não pule !"
Chegam a imprensa, os bombeiros, o celular com a voz de um amigo
A multidão quase não pisca ou respira
Oh, meu Deus! Tomara que não pule! Ele não pode pular!
Mas lá no fundo, bem no fundo, torcem pelo pior,
para que possam chegar em casa e anunciar em primeira mão:
"Eu estava lá, eu vi, foi horrível ! ..."
Eu gostaria de frustrar essa gente que não torce por nós
que põe holofotes sobre nossas tragédias
que assentam-se em arquibancadas
e assistem nossa vida como se ela fosse um picadeiro de circo.
Eu iria lá no fundo do prédio,
onde ninguém estivesse olhando e,
sem nenhum sinal ou aviso,
pularia e diria bem baixinho: good bye.
Mas ... não ... não faria isso...
poderia cair sobre um passante, um transeunte.
E... se jogar na frente de um carro?
Não, também não, muito deselegante
estragaria a lataria do carro alheio
e não ficaria por aqui para pagar o conserto...
há de considerar-se, ainda,
que o atropelado não pode ser tocado
até chegar a perícia
torna-se um morto inconsequente
ao causar um dos maiores suplícios das grandes metrópoles:
tráfego - de - veículos - interrompido.
Não concordo com isso ou aquilo
A morte deve causar o mínimo de consequências possíveis
para aqueles que não tem nada a ver com isso
não pode atrapalhar o trânsito de veículos ou destinos.
E... queimar-se?
Sem chance, só se o cérebro morresse primeiro.
lanço a polêmica: incinerar-se não é suicídio, é auto-punição
o corpo arde enquanto o cérebro
fica protegido, blindado,
dentro da caixa craniana
cada segundo é eterno
e a mente consciente espera
uma morte tão lenta que parece que nunca chega...
Então... afogamento? Sufocamento? Tipo, morte por asfixia?
Nem pensar, já tô ficando com falta de ar...
Todas as formas são horríveis
tudo causa angustia, dor, sofrimento...
Ah... quem dera...
morrer sem sofrer
morrer sem sentir dor
morrer uma morte suave
morrer com beleza, com poesia...
como estar assim,
sentado sobre o piso de azulejos
a água quente caindo do chuveiro
uma névoa branca de vapor
perfumada, por misturar-se ao cheiro
de sabonetes e xampoos
e um líquido vermelho, viscoso, jorrando
do corte profundo no pulso
diluindo-se na espuma branca
e criando belos degrades
que vão do vermelho sangue ao rosa-bebê
esvaindo-se pelo ralo junto com a água, junto com a vida
e essa dormência, e esse torpor, e essa tontura...
e essa deliciosa... vontade... de dormir...

http://progcomdoisneuronios.blogspot.com/

.



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