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terça-feira, 23 de novembro de 2010

 
 
Transtorno do Pânico

Transtorno de pânico é considerado um dos transtornos de ansiedade mais freqüentes, atingindo 1,5 a 2% da população, na maioria dos casos mulheres entre 18 e 35 anos.

O transtorno é caracterizado pela presença de: ataques de pânico inesperados e repetidos, seguidos por pelo menos um mês de preocupação persistente acerca de ter um novo ataque; perder o controle; ter uma complicação cardíaca e até enlouquecer.

Um ataque de pânico é definido por um período de intenso medo ou desconforto acompanhado por pelo menos 04 dos sintomas citados a seguir: palpitações, sudorese, tremores, sensação de falta de ar ou sufocamento, dor ou desconforto no peito, náusea ou desconforto abdominal, tontura, desrealização (sensações de irrealidade), despersonalização (distanciamento de si mesmo), medo de perder o controle ou de enlouquecer, medo de morrer, anestesia ou sensações de formigamento, calafrios ou ondas de calor. Os ataques podem ocorrer diariamente ou semanalmente, no período de vários meses.

O medo de ter um próximo ataque, pode gerar um comportamento de esquiva denominado agorafobia caracterizado por: ansiedade em permanecer em locais ou situações de difícil saída, ou a percepção da impossibilidade de auxílio caso ocorra um novo ataque de pânico. As situações podem ser várias, dentre elas: ficar sozinho e não obter socorro, estar no meio de uma multidão, permanecer numa fila, estar em uma ponte e viajar de ônibus, trem ou automóvel

Ataque de Pânico

Modelo Comportamental do Transtorno do Pânico Todos os quadros de ansiedade têm em comum o comportamento de esquiva às situações que causam medo. A esquiva desenvolve-se pela associação que o indivíduo faz entre um aumento de ansiedade e uma determinada situação (2). A ansiedade fica condicionada a essa situação e o indivíduo passa a evitá-la para não repetir o desconforto. A esquiva produz uma redução temporária da ansiedade, o que reforça o comportamento e impede a desconfirmação de que a situação temida não é tão perigosa quanto à pessoa imagina.

No Transtorno do Pânico o indivíduo tende a se esquivar das interações e situações estressoras como, também, das próprias emoções (ansiedade e suas manifestações físicas) (3). Neste caso, ele passa a acreditar que fica livre do mal estar, o que acarretará, cada vez mais, o comportamento de esquiva, limitando sua vida. O modelo de Barlow valoriza o condicionamento interoceptivo. Ele diz que o ataque de pânico inicial é um “alarme falso”. O indivíduo sente-se mau frente a um estímulo estressor e associa este mal estar à situação vivida(4).

Este ataque inicial é tão traumático e assustador que coloca a pessoa em estado de alerta a espera de um novo episódio. Com isto, ele passa a evitar as situações, reduzindo sua ansiedade. O modelo comportamental, portanto, enfoca o condicionamento dos ataques, ou seja, a cada novo ataque de pânico espontâneo, o mesmo circuito é instalado. ( 2)

TratamentoPara que haja mudança do comportamento de esquiva é necessário que o terapeuta elabore um plano de tratamento a partir da análise funcional do comportamento. Ou seja, o terapeuta baseado numa entrevista detalhada deverá identificar quais são os estímulos que antecedem e, portanto, desencadeiam o comportamento patológico e as prováveis conseqüências que o mantêm. Qualquer estímulo pode desencadear uma avaliação inicial de perigo, inclusive e, principalmente, as sensações corporais e as conseqüências, normalmente estão relacionadas à diminuição da ansiedade e seus sintomas físicos e as mudanças no ambiente do indivíduo.

A técnica comportamental mais utilizada no tratamento do transtorno do pânico é a exposição. Esta técnica consiste em ensinar o paciente a enfrentar as situações temidas, lidar com os sintomas físicos causados pela ansiedade durante um ataque de pânico e comportar-se diferentemente diante destas situações.

Espera-se que haja uma redução da resposta de ansiedade quando o indivíduo entra em contato várias vezes com o estímulo que lhe causa o medo e os respectivos sintomas desagradáveis.

Este confronto de forma sistemática faz com que ele desconfirme a idéia de uma conseqüência negativa, promovendo a redução do seu desconforto e a segurança para parar de evitar as situações. , O terapeuta deve orientar o paciente a se expor progressivamente a situações geradoras de ansiedade. Estas situações podem estar relacionadas ao ambiente do indivíduo (exposição aos estímulos externos), ou aos sintomas físicos (exposição aos estímulos internos ou exposição interoceptiva). È necessário que o paciente esteja em estado de relaxamento durante os exercícios de exposição. Neste caso, o terapeuta deverá ensinar o paciente a relaxar e a técnica que normalmente é utilizada é o relaxamento muscular progressivo de Jacobson.

É, também, importante que o paciente aprenda a respiração abdominal, que contribui no relaxamento e, conseqüentemente, na diminuição da ansiedade e seus sintomas físicos. Os tratamentos de exposição funcionam por permitirem aos pacientes com TP experimentarem a situação temida e, desse modo, perceber que seus temores são infundados. Uma vez iniciado o tratamento, é importante que se faça uma monitoração contínua dos exercícios de exposição para verificar os progressos obtidos. Caso contrário, o terapeuta deverá identificar as variáveis que estão interferindo no sucesso do tratamento e que podem estar relacionadas com a hierarquia elaborada ou mesmo com as dificuldades ou resistências do paciente. O procedimento mais comum de monitoração é o diário, onde o paciente registra as situações de exposição, as sensações experimentadas e uma nota para sua ansiedade (5).

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