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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Perturbações dissociativas




Perturbações dissociativas

A dissociação é um mecanismo psicológico de defesa no qual a identidade, a memória, as ideias, os sentimentos e as percepções próprias se encontram separados do conhecimento consciente e não podem ser recuperados ou experimentados voluntariamente.

Toda a gente se dissocia em certas ocasiões. Por exemplo, as pessoas dão-se conta frequentemente, depois de terem conduzido do trabalho até casa, de que não se lembram de grande parte do caminho porque estavam preocupadas com conflitos pessoais ou atentas a um programa de rádio. Durante a hipnose, uma pessoa pode dissociar os sentimentos da dor física. No entanto, outras formas de dissociação provocam uma ruptura entre as sensações da pessoa de si mesma e as percepções dos factos da vida.

As perturbações dissociativas incluem a amnésia dissociativa, a fuga dissociativa, a perturbação de identidade dissociativa e um conjunto de situações de definição mais difusa que os psiquiatras denominam perturbação dissociativa sem outros dados específicos. Estas perturbações dissociativas são frequentemente precipitadas por um stress esmagador. O stress pode ser causado pela experiência ou pela observação de um acontecimento traumático, um acidente ou um desastre. Ou então, uma pessoa pode experimentar um conflito interno tão insuportável que a sua mente seja forçada a separar a informação incompatível ou inaceitável e os sentimentos procedentes do pensamento consciente.


Amnésia dissociativa

A amnésia dissociativa é uma incapacidade de recuperar informação pessoal importante, geralmente de natureza stressante ou traumática, a qual é muito generalizada para que possa considerar-se como um esquecimento individual.A perda de memória inclui, de um modo geral, informação que faz parte do conhecimento consciente habitual ou memória «autobiográfica» (quem é, o que fez, onde foi, com quem falou, o que disse, pensou e sentiu, etc.). Há ocasiões em que a informação, embora esquecida, continua a influenciar o comportamento da pessoa.
As pessoas com uma amnésia dissociativa têm, habitualmente, uma ou mais lacunas de memória que se estendem de poucos minutos a algumas horas ou dias. No entanto, registaram-se algumas lacunas de memória que envolvem anos ou inclusive a vida inteira. Usualmente os períodos confinantes com a lacuna de memória costumam ser claros. Geralmente, as pessoas têm consciência de que «perderam algum tempo», mas alguns amnésicos dissociativos só ficam conscientes do tempo perdido quando se dão conta ou são confrontados com a evidência de que fizeram coisas de que não se lembram. Algumas pessoas com amnésia esquecem alguns mas não todos os acontecimentos de um período de tempo; outras não podem recordar nada da sua vida anterior ou esquecem coisas à medida que vão ocorrendo.
A incidência da amnésia dissociativa é desconhecida, mas a perturbação é mais frequente nos adultos. A amnésia é mais frequente em pessoas que se encontraram envolvidas em guerras, acidentes ou desastres naturais. Há informação sobre casos de pessoas que tinham amnésia de episódios de abusos sexuais na sua infância e que mais tarde, já adultos, recordaram os episódios. A amnésia pode ocorrer depois de um acontecimento traumático e a memória pode recuperar-se com o tratamento, com acontecimentos posteriores ou com a informação que a pessoa recebe. No entanto, não se sabe se essas memórias recuperadas reflectem acontecimentos reais no passado da pessoa. Demonstraram-se recuperações de memórias tanto exactas como inexactas.
Causas
A amnésia dissociativa parece ser causada pelo stress (a experiência ou a visão de experiências traumáticas, situações de stress graves na vida ou graves conflitos internos). Os episódios de amnésia podem ser precedidos por abusos físicos ou experiências sexuais e situações emocionalmente esmagadoras nas quais existe ameaça, lesão ou morte (como uma violação, uma guerra ou um desastre natural, como um incêndio ou uma inundação). As situações de maior stress na vida incluem o abandono, a morte de um ser querido e a ruína financeira. Também podem conduzir à amnésia a inquietação por impulsos de culpabilidade, dificuldades aparentemente insolúveis ou comportamentos criminosos. De um modo geral, aceita-se que algumas pessoas, como as que são facilmente hipnotizadas, sejam mais propensas a desenvolver amnésia do que outras.
Sintomas e diagnóstico
O sintoma mais frequente da amnésia dissociativa é a perda de memória. Pouco depois de tornar-se amnésica, a pessoa pode parecer confusa. Muitas pessoas amnésicas estão de certa maneira deprimidas. Algumas pessoas são muito afectadas pela sua amnésia; outras não. Outros sintomas e preocupações dependem da importância da informação esquecida e da sua relação com os conflitos da pessoa ou das consequências do comportamento esquecido.
Para fazer o diagnóstico, o médico efectua um exame físico e psiquiátrico. O sangue e a urina são analisados para determinar se uma substância tóxica como uma droga ilegal é a causa da amnésia. Pode efectuar-se um electroencefalograma para determinar se a causa é uma perturbação epiléptica.  
Provas psicológicas especializadas podem ajudar o médico a caracterizar as experiências dissociativas. 
Tratamento e prognóstico
É essencial uma atmosfera de apoio na qual a pessoa se sinta segura. Esta medida, só por si, conduz frequentemente a uma recuperação espontânea gradual das recordações perdidas.
Se a memória não se recupera de modo espontâneo ou se é urgente a sua recuperação, são muitas vezes eficazes as técnicas de recuperação da memória. Usando a hipnose ou os efeitos de determinados fármacos, o médico questiona a pessoa amnésica sobre o seu passado. O médico deve ter muito cuidado porque é provável que se tornem patentes durante o processo as circunstâncias que estimularam a perda de memória e isso pode ser muito perturbador. Não pode assumir-se que sejam exactas as recordações recuperadas através destas técnicas. Só a corroboração externa poderá determinar a sua exactidão. No entanto, o facto de completar ao máximo as lacunas de memória poderá contribuir para restabelecer a continuidade da identidade da pessoa e do seu sentido do eu. Uma vez desaparecida a amnésia, o tratamento continuado ajudará a pessoa a compreender o trauma ou os conflitos que causaram a situação e a encontrar meios para a resolver.
A maioria das pessoas recupera o que parecem ser as suas memórias perdidas e resolve os conflitos que causaram a amnésia. No entanto, algumas pessoas nunca quebram as barreiras que as impedem de reconstruir o seu passado perdido. O prognóstico é determinado, em parte, pelas circunstâncias da vida da pessoa, particularmente o stress e os conflitos que provocaram a amnésia.

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